Propina

Lava-Jato prende Paulo Preto e investiga endereço ligado a Aloysio Nunes

A Polícia Federal (PF ) deu início, na manhã desta terça-feira, à 60ª fase da Operação…

A Polícia Federal (PF ) deu início, na manhã desta terça-feira, à 60ª fase da Operação Lava-Jato . O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e apontado como operador do PSDB, foi preso. Ele é acusado de manter R$ 100 milhões em espécie que se riam utilizados pela Odebrecht para pagar propina a políticos e irrigar campanhas eleitorais entre 2010 e 2011.

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão em quatro cidades do estado de São Paulo. Alguns dos endereços são ligados ao ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).

Iniciada a partir de delações de executivos da Odebrecht e de doleiros já investigados pela Lava-Jato, a operação mostra que esse operador financeiro repassava dinheiro para o setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, chamado pelos investigadores de “departamento de propina”.

A Odebrecht devolvia o dinheiro para o operador, segundo a PF, por meio de empresas e contas bancárias registradas no exterior. Além dos mandados de prisão e busca, a Justiça Federal determinou o bloqueio de ativos financeiros dos investigados.

A operação recebeu o nome de “Ad Infinitum”. Segundo a PF, o nome da operação remete ao fato de “o caso parecer tratar de mais uma repetição do modo de atuação de alguns integrantes da organização criminosa, remetendo a um ciclo criminoso que nunca termina”.