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Leucoplasia: tudo sobre a doença que fez Lula passar por uma cirurgia

Presidente eleito realizou um procedimento para retirar lesões identificadas na laringe

Lula pode nomear até oito ministros do STJ devido a aposentadorias antecipadas (Foto: Reprodução - Youtube)

Nesta segunda-feira (21), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve alta do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, depois de passar por um procedimento cirúrgico no último domingo (20) para retirar lesões na laringe. O diagnóstico foi identificado no dia 12 após exames de rotina mostrarem “alterações inflamatórias decorrentes do esforço vocal e pequena área de leucoplasia na laringe“.

O que é a leucoplasia?

A leucoplasia é o desenvolvimento de placas ou manchas brancas em regiões como interior das bochechas, fundo da boca, língua, ou, no caso de Lula, na laringe. Elas podem ser sinais precoces de um câncer, embora a evolução para um tumor maligno ocorra em menos de 20% das pessoas. O médico Roberto Kalil Filho, cardiologista que acompanha o presidente eleito e coordenou a a retirada das lesões, ressalta que a maioria dos casos é benigno.

O que causa a doença?

As placas são causadas pelo depósito da proteína queratina sobre o tecido acometido como uma resposta do organismo a sucessivas agressões na região. Por isso, geralmente o quadro é decorrente do tabagismo, do consumo excessivo de álcool ou de um refluxo gastroesofágico. Homens acima de 40 anos são os com maior prevalência do diagnóstico.

Quais os sintomas?

O principal sintoma da leucoplasia na laringe é a rouquidão com um caráter progressivo, mas também pode provocar ardor e sensação de incômodo por um corpo estranho na garganta, dor ao engolir e fadiga ao falar.

Nos casos nas bochechas ou na língua, as placas brancas são visíveis e não conseguem ser removidas com a escovação. Em caso de sintomas, é importante buscar o atendimento médico especializado, que poderá indicar a melhor forma de tratamento e avaliar a gravidade do quadro.

Como é o tratamento?

Geralmente, interromper a causa do problema pode ser efetivo para retirar as placas da leucoplasia, ainda que intervenções cirúrgicas possam ser indicadas posteriormente para remover lesões residuais. Porém, em quadros decorrentes de fatores não modificáveis ou que ofereçam maiores riscos à saúde, a cirurgia pode ser indicada já como tratamento primário.

Foi o caso do presidente eleito, que tem um olhar mais atento à região da laringe. Em 2011, ele teve um câncer de três centímetros de diâmetro no local, que o fez passar por mais de 30 sessões de quimioterapia. O tratamento levou à cura da doença, com os exames recentes “mostrando completa remissão do tumor”, segundo a assessoria de Lula.