O histórico de más administrações do PT e do PMDB em Goiânia estimulou o engenheiro Luiz Bittencourt (PTB) a propor um “pacto” entre pré-candidatos a prefeito contra o modelo de gestão adotado por estes dois partidos há 15 anos. Bittencourt afirma que o pacto servirá para deixar claro ao eleitor de que lado cada um está. Pelo menos no primeiro turno, o acordo não prevê que os signatários participem do mesmo espectro de alianças partidárias.
“A proposta do pacto é o reconhecimento público e coletivo de que Goiânia precisa virar a página”, diz o autor da proposta. “Os signatários deste acordo sinalizarão, de forma clara, que não compactuam com vícios e distorções que destruíram a prefeitura nos últimos anos. O pacto vai mostrar de que lado cada um está. O atual cenário não permite que haja soluções de meio-termo. Ou a cidade elege um prefeito que compactua com tudo que aí está; ou um prefeito disposto a aplicar um choque de gestão. Que adote o planejamento de curto, médio e longo prazo. Que seja honesto, transparente e que ouça a população antes de tomar decisões importantes. Não dá para ficar no meio do caminho”.
Na opinião de Bittencourt, a prefeitura não atende mais a finalidade para a qual ela foi criada. Na opinião dele, com o passar o do tempo o interesse coletivo foi deixado de lado. O engenheiro critica os “engravatados” que, segundo ele, se escondem nos gabinetes sem se importar com as lâmpadas queimadas, os buracos nas ruas o alastramento da dengue, a irregularidade na coleta de lixo ou o superfaturamento de obras. Bittencourt afirma que a melhor definição para a prefeitura de Goiânia ao longo das gestões do PT e do PMDB é “um amontoado de cargos comissionados que sevem para acomodar a base de sustentação política e ampliar o leque de aliados para a eleição seguinte”. “Não só serviu como ainda serve”, completa.