Segundo Turno

Lula fala em ‘prorrogação’ e oportunidade para ampliar alianças e amadurecer propostas

"Para desgraça de alguns, eu tenho mais 30 dias para fazer campanha. Eu adoro fazer campanha", disse Lula

Lula vai ao TSE contra postagens falsas que dizem que ele acabará com o cristianismo (Foto: Reprodução - Twitter)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em pronunciamento na noite deste domingo (2), após a confirmação de que irá ao segundo turno da eleição contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que a nova rodada da disputa é uma prorrogação e a vê como uma “segunda chance” que o povo lhe deu.

Com mais de 97% das urnas apuradas, o petista se aproximava de 48%, ante quase 44% de Bolsonaro, que registrou um desempenho superior ao que previam as pesquisas encerradas na véspera.

“Isso para nós é apenas uma prorrogação”, discursou Lula.

“Para desgraça de alguns, eu tenho mais 30 dias para fazer campanha. Eu adoro fazer campanha, […] e vai ser importante porque vai ser a primeira chance de a gente fazer um debate com o presidente da República, para saber se ele vai continuar contando mentiras”, afirmou.

“Acho que é uma segunda chance que o povo brasileiro me dá.”

Lula acompanhou a apuração em um hotel no centro de São Paulo. Ele falou à imprensa e aos correligionários no auditório do local. A seu lado no palco estavam a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), entre outros.

As três primeiras fileiras de cadeiras do auditório ficaram reservadas para familiares e aliados do ex-presidente. Apoiadores de sua candidatura como a cantora Daniela Mercury, o comediante Paulo Vieira, a chef Bela Gil, a historiadora Lilia Schwarcz e o advogado Silvio Almeida estavam no espaço para convidados.

Cerca de 400 jornalistas foram credenciados para a cobertura.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, o ex-presidente estava sereno enquanto acompanhava a apuração, e aliados demonstravam apreensão, segundo presentes. Por volta das 20h, Lula caminhava pelo salão, enquanto, impávido, o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), acompanhava a evolução dos números pelo celular.