Lula precisava de pouco mais da metade dos eleitores de Ciro para vencer no 1º turno
Para ter maioria absoluta, candidato do PT teria que ter conquistado apenas 1,85 milhão de votos que foram para outros candidatos
O ex-presidente Lula precisava ter conquistado 51,55% dos eleitores de Ciro Gomes para vencer no primeiro turno (mais um voto), pouco mais da metade, ou 37,75% dos votos que foram para Simone Tebet. É isso mostram os números com 99,99% das urnas apuradas (atualização pelo TSE às 10h08).
Lula teve no 1º turno 57.257.972 de votos (57,25 milhões), contra 60.968.806 (60,96 milhões) da soma de todos os outros candidatos. Com isso, faltaram a ele 3.710.834 (3,71 milhões) de votos para vencer no primeiro turno. Vale lembrar que, para vencer, o candidato precisa ter a maioria absoluta dos votos válidos, desconsiderando quem votou em branco, anulou ou não compareceu.
Mas Lula não precisava de todos esses eleitores para vencer por maioria absoluta, porque cada voto tirado de outro candidato teria um efeito duplicado: somaria para Lula e subtrairia dos demais.
Com isso, na prática, faltaram a Lula 1,85 milhão de votos que foram para outros candidatos. Como dito acima, de Ciro, poderiam ter sido 51,55% dos seus 3,59 milhões de eleitores, de Tebet, 37,75% dos seus 4,91 milhões.
Nesse cenário hipotético, o presidente passaria a ter 59,11 milhões, o mesmo número da soma de todos os outros. Precisaria, portanto, de mais um único voto para ter a maioria.
Pensando no 2º turno, a conta fica mais complicada, porque o país teve 32 milhões de eleitores (20,9%) que não foram votar e mais 3,4 milhões que votaram nulo e mais 1,96 milhão que votaram em branco. Se eles decidirem mudar de ideia no dia 30 de outubro, podem alterar todo o resultado das eleições.