DEFINIDO

Mabel é eleito prefeito de Goiânia

Com 100% das urnas apuradas, o prefeito eleito Sandro Mabel ficou com 55,53% dos votos válidos e Fred 44,47%

Mabel comemora resultado da eleição para prefeito de Goiânia (Foto: Mais Goiás)

O empresário Sandro Mabel (União Brasil) foi eleito prefeito de Goiânia neste domingo (27), em segundo turno disputado contra o ex-deputado Fred Rodrigues (PL).

Com 100% das urnas apuradas, Mabel tem 55,53% dos votos válidos e Fred 44,47%.

A disputa entre Mabel e Fred foi um dos confrontos mais duros acontecidos em Goiânia desde a redemocratização do país, comparável ao que foi Nion x Bittencourt (1996), Iris x Pedro Wilson (2004) e Vanderlan x Maguito (2020).

Houve trocas de acusações durante toda a campanha, porém com maior intensidade no segundo turno.

Enquanto Fred tentava refrescar, na memória do eleitor, situações como o mandado de busca da Polícia Federal contra Mabel em uma investigação que mirava fraudes no Ibama, ou as doações de campanha da Odebrecht para o seu adversário, Mabel retrucava acusando Fred de falsidade ideológica (por tomar posse em cargo público dizendo ter diploma de ensino superior, embora não tenha) e lembrando um dos principais aliados de Fred, o deputado Gustavo Gayer, recebeu nesta semana visita da PF por indícios de corrupção no uso de verbas parlamentares.

A operação da PF contra Gayer foi, inclusive, o último e um dos mais importantes capítulos dessa eleição. Embora Gayer não fosse candidato a nada, as manchetes negativas colocaram o grupo contra a parede.

Padrinhos políticos
Essa eleição também ficou marcada pelo afastamento do governador Ronaldo Caiado, apoiador de Mabel, e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que estiveram juntos em 2018.

Bolsonaro fez inúmeras críticas a Caiado nessa eleição e disse que a influência do governador só existe em Goiás, em alusão ao desejo do seu desafeto de disputar a presidência em 2026.

O governador, por sua vez, optou por respostas mais brandas, embora tenha dito vez ou outra que a eleição deste ano mostrou que a direita não tem dono.