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Tia de 61 anos que foi ‘barriga solidária’ e bebê recebem alta em Goiânia

Segundo o médico, será muito importante para Isaac saber que sem o amor de Eleusa ele não nasceria

Eleusa Lacerda, tia que serviu de barriga solidária (Foto: Divulgação)

O médico Leonardo Alves Ferreira, responsável pelo parto do bebê Isaac, que nasceu na quarta-feira (6) da barriga solidária de Eleusa de Lacerda, 61, deu alta para eles e também para a mãe biológica, Keila Aparecida da Silva de Sá, 43, nesta sexta-feira (8). Ao Mais Goiás, ele revelou que o neném vai ser amamentado com suplementação, pois não foi possível o processo de lactação de Keila (para que ela pudesse amamentar o próprio filho).

“Correu tudo bem e estão indo para casa sem medicação”, ressalta. Leonardo afirma que na alta houve a sugestão para que Eleusa mantenha 30 dias de distanciamento do bebê para evitar qualquer chance de depressão puerperal (pós-parto). “Devido à flutuação hormonal.” Apesar disso, ele diz que a situação é tranquila e ela vai para casa sem remédios antidepressivos.

“Ela, que é tia do pai biológico, Elias de Sá, mora no interior, em Palmeiras, enquanto os pais vivem em Goiânia. Então, não será tão difícil. Além disso, a casa dela está sendo preparada, com crianças, para recebê-la.” O médico reforça, contudo, que será muito importante para Isaac saber que sem o amor de Eleusa ele não nasceria.

Sobre Keila, Leonardo explicou que não houve qualquer estranhamento do bebê em relação a ela. “Ela e o pai acompanharam toda a gestação, conversavam com o bebê. Então, não há estranhamento”, contou.

Útero rudimentar: barriga solidária foi solução para gravidez

Segundo o médico, Keila tem um útero rudimentar, o que impossibilitou a gestação. Mas como possui ovários saudáveis, foi possível a produção de embriões, via fertilização com sêmem do marido, Elias de Sá, de 46 anos. Em apoio ao casal, Eleusa, que é viúva e sem filhos, aceitou ser a barriga solidária e realizar o desejo de Keila e Elias.

O casal congelou seis embriões há cinco anos. Eles chegaram a tentar outros parentes, mas não conseguiram. Eleusa, então, se ofereceu. Ela passou por exames médicos e obteve autorização do Conselho Regional de Medicina para o procedimento. Após tentativas iniciais sem sucesso, um embrião viável foi implantado, resultando na gravidez que agora permitiu a chegada de Isaac.