Mãe de bebê colocado em calçada é ouvida em delegacia, em João Pessoa
Beatriz Fernandes contou que a situação aconteceu em um momento de estresse extremo. As imagens foram registradas por uma câmera de segurança.
A mãe do bebê de 11 meses, deixado em uma calçada enquanto ela dava ré no carro, foi ouvida na última quarta-feira (24), na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude, em João Pessoa. De acordo com a delegada Joana D’arc, Beatriz Fernandes contou que acreditava que a criança estava dentro do carro no momento que entrou no veículo. Após o depoimento, a delegada informou que vai concluir o inquérito e, em seguida, enviar à Justiça.
Em reportagem do Fantástico, no último domingo (21), Beatriz Fernandes contou que a situação aconteceu em um momento de estresse extremo. O caso foi no dia 9 de junho. A mãe do bebê foi até a casa do pai para deixar a criança. Quando estacionou o carro, tirou a filha da cadeirinha e colocou no calçada.
Nas imagens, que foram registradas por uma câmera de segurança, Beatriz entra no carro e começa a dar ré no veículo, perto da criança. Ela conta em entrevista que queria manobrar o carro para tirar de frente da garagem, mas havia um tambor de lixo na frente. “Mas no mesmo segundo eu vi que ela estava na calçada, pela câmera de ré”, conta.
Em depoimento, Beatriz Fernandes diz que foi um ato impensado e que entrou no carro para atender o telefone e, de tão contrariada que estava, esqueceu que a criança estava fora do carro.
A delegada perguntou porque ela engatou a ré e ainda andou um pouco com o carro. Beatriz repetiu a mesma versão da entrevista e disse que imediatamente viu a criança pela câmera de ré.
Ver essa foto no Instagram
Beatriz Fernandes ainda contou que os momentos de desencontros de horários com o pai da criança nos dias de visita são constantes. O pai da bebê, o advogado Eduardo Aníbal, está com a guarda da criança há mais de 40 dias.
Tanto Beatriz quanto Eduardo contam que não conseguem se organizar com os horários de visita combinado para a guarda compartilhada. Naquele fim de semana, o pai deveria ficar com a filha desde o sábado.
A delegada aponta que o caso foi tratado como abandono de incapaz, mesmo sendo por pouco tempo, mas o que vale é intenção de quem deveria cuidar e proteger. (Com informações do G1/PB)