Mãe de Henry diz que ‘foi a melhor que podia ser’ e que Jairinho não era ‘pessoa ruim’
Em carta de 29 páginas escrita por Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, a professora…
Em carta de 29 páginas escrita por Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, a professora descreveu que Dr. Jairinho (sem partido) “não era uma pessoa ruim”. Além disso, ela relatou que não merece “estar sendo condenada por um crime que não cometi” e que sempre foi uma boa mãe.
“Sempre fui uma boa pessoa e não mereço estar sendo condenada por um crime que não cometi. Nunca acobertei maldade ou crueldade em relação ao Henry. Nunca encostei um dedo nele, nunca bati no meu filho, fui a melhor mãe que ele poderia ter tido”, escreveu. O casal está preso desde o último dia 8 de abril, acusado de envolvimento morte da criança de 4 anos. A professora, inclusive, está em tratamento contra a Covid-19.
Ela ainda relatou uma briga entre eles motivada por ciúmes por parte do parlamentar. “Quando Jairinho chegou do trabalho fui contar, toda feliz, sobre a sessão da psicóloga, de como tinha sido reconfortante e que o Henry teria alta antes de mim, já que ele verbalizava tudo e seria muito tranquilo trabalhar com ele. Mas ele ‘focou’ em uma única coisa: que Leniel (pai de Henry) tinha ido junto e tinha ficado na casa dos meus pais com meu filho. Ele começou a discutir comigo com ciúmes, me humilhando”, descreveu Monique.
Mais cedo, o Mais Goiás informou que a professora alegou que sofreu agressões do parlamentar e que acredita que foi dopada na noite da morte da criança. “Minha porta na época não trancava, então eu dormia com ela destrancada. Lembro de ser acordada no meio da madrugada, sendo enforcada, enquanto eu dormia na cama ao lado do meu filho. Quase sem ar, ele jogou o telefone em cima de mim, perguntando, me xingando e me ofendendo porque eu não estava atendendo-o e do porquê eu tinha respondido uma mensagem do Leniel [pai de Henry] onde eu chamava ele de Lê e ele me chamava de Nique.”
No texto, ela conta que, “depois de tanta humilhação” por parte do parlamentar, ela decidiu pegar as malas e afirmou que iria para a casa dos pais. “Ele tomou minha bolsa e escondeu. Eu corri para o quarto de hóspedes e me tranquei lá. Ele começou a bater na porta, esmurrar a porta, gritar, xingar, até que ele arrombou a fechadura e conseguiu entrar no quarto e começou a gritar comigo, dizendo que só ia parar se eu tomasse remédio e fosse dormir no nosso quarto. Então tomei o remédio que ele me deu e fui dormir”, contou.