TRANSFERÊNCIA

Mãe que confessou ter matado as duas filhas em Edéia é transferida para hospital psiquiátrico em Aparecida

A mãe que confessou ter matado as filhas em Edéia (sul de Goiás) foi transferida…

A mãe que confessou ter matado as filhas em Edéia (sul de Goiás) foi transferida para um hospital psiquiátrico em Aparecida de Goiânia, na região Metropolitana da capital, no último sábado (29). A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que ela foi transferida pela escolta especial do complexo prisional por volta das 10h30, após autorização judicial concedida na sexta-feira (28). O crime aconteceu em setembro deste ano.

Vale citar que a Justiça de Goiás havia exigido que a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) conseguisse uma vaga para Izadora Alves de Faria, sob pena de multa de R$ 10 mil, por dia.

Antes da transferência, a mulher estava internada, provisoriamente, no pronto Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia, mas o local é destinado apenas a avaliação de pacientes e não para internação.

A vaga aberta na clínica psiquiátrica de Aparecida foi disponibilizada pelo município “mesmo que a cidade não seja pactuada com o município de Edeia” e “estando fora de sua competência”.

A  Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO), “que representa legalmente Izadora Alves de Faria, a fim de garantir o seu amplo direito à defesa, em virtude da sua hipervulnerabilidade”, explicou que a transferência atende um pedido da própria defensoria.

Relembre o crime

Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos, foram encontradas mortas pelo pai, no dia 27 de setembro. Ao ser presa horas depois do crime, a mulher confessou à Polícia Civil que envenenou, afogou e depois deu facadas nas filhas. Em seguida, ela fugiu de casa.

De acordo com o delegado Daniel Moura, a mulher já tinha intenção de matar as filhas há algum tempo, tendo, inclusive tentado comprar uma arma de fogo para cometer o crime. Porém, ela não teve acesso ao revolver e também não soube explicar desde quando e como surgiu esse pensamento.

“Ela confessou o crime, o modo como ela matou as crianças. Segundo ela, de início, ela tentou dar veneno, mas como ela viu que não iria funcionar, ela levou as crianças para uma caixa d’água, que fica em frente à casa, e tentou eletrocutar as crianças com uma extensão ligada à rede elétrica. Como ela viu que não ia dar certo, ela desligou a extensão e foi lá na caixa d’água e afogou as crianças”, disse.

Já na cadeia, a mulher apresentou comportamento inadequado e alterado, com confusão mental, e tentou tirar a própria vida dentro da cela, conforme ofício da diretoria enviado ao juiz. Logo depois, a DPE ingressou com pedido de transferência da mulher para o Hospital Psiquiátrico Wassily Chuc.

Izadora pode responder por duplo homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e serem filhas dela. Se condenada, pode pegar até 100 anos de prisão.