Segundo turno da disputa entre Maguito e Vanderlan em Goiânia começa quente

O tom morno do 1º turno da eleição municipal de Goiânia não deve se repetir no 2º turno. Já no domingo (15), dia da votação na capital, durante entrevista realizada no Colégio Estadual Jd. Novo Mundo, na região leste, Vanderlan Cardoso (PSD) não mediu palavras. Disse que o novo pleito será a oportunidade para “mostrar quem é ficha suja e quem é ficha limpa”, se referindo a Maguito Vilela (MDB).

Na ocasião, o senador disse que Maguito foi poupado pela internação para combate a complicações causadas pela covid-19, em São Paulo. Vanderlan ainda lamentou o fato de ter sido atacado “por todo mundo”, ou seja, os outros 15 candidatos a prefeito, e que ainda assim conseguiu empatar tecnicamente no 1º lugar, conforme apontou pesquisas divulgadas no sábado (14).

Essa parece ser a nova tônica da campanha do pessebista. O coordenador de campanha, o ex-deputado estadual Simeyzon, chegou a dizer, em entrevista à Rádio Sagres FM, com todas as letras que o mais prejudicado com a convalescência de Maguito foi “sem dúvidas” Vanderlan. Além disso, o candidato teria evitado a responder aos ataques por questão “humanitária”. O 2º turno seria, então, a oportunidade de responder e “desconstruir” (jargão marqueteiro para mostrar os problemas do adversário) Maguito.

Uma das táticas será colar o antipetismo em Maguito. Vanderlan já saiu na frente dizendo que o projeto dele é oposto ao petista e afirmou que a união entre MDB e PT “foi muito danosa para Goiânia à época. Tanto que Iris precisou ser candidato e pegou a cidade com déficit de R$ 1 bilhão”.

MDB

Do lado de Maguito, a coordenação espera que ele possa pelo menos gravar vídeos a partir da próxima semana. O coordenador de campanha, Agenor Mariano, disse à Sagres FM que a presença dele pode firmar a preferência do eleitor. Mas também pode deixá-lo mais exposto à artilharia do adversário. No entanto, emedebista passou por nova intubação neste domingo. Segundo o boletim médico o procedimento foi realizado para que ele fosse “submetido a uma broncoscopia, com o objetivo de examinar a causa de um aumento na inflamação dos pulmões verificado nos exames”.

O presidente do MDB, Daniel Vilela, afirma que houve “questionamentos” a Vanderlan e que não se trata de ataques e “sim debates políticos completamente normais”. O partido focou suas críticas no áudio vazado do pessebista em que defende o senador Chico Rodrigues, flagrado pela Polícia Federal com dinheiro na cueca.

Com a elevação do tom, é bem possível que ambas as campanhas saiam do território morno e adote o tom mais agressivo no 2º turno.