Maioria dos comissionados exonerados em Goiânia foi na Saúde e na Orquestra Sinfônica
Quando se olha apenas cargos, os Assessores Especiais foram os mais atingidos. Ao todo foram 380 exonerações.
A secretaria que mais sofreu com a demissão em massa empreendida pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) na manhã de quarta-feira (26) foi a Saúde. Somente a pasta perdeu 107 servidores comissionados ou cargos de confiança. Enquanto a Orquestra Sinfônica de Goiânia perdeu 127 servidores. Ao todo, o Diário Oficial mostra 688 exonerações de funções de confiança e 1.400 de cargos comissionados.
A Secretaria de Finanças é a segunda pasta com maior número de exonerações: 66. Seguida da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (57), Secretaria de Administração, Secretaria de Desenvolvimento Social e Secretaria de Infraestrutura, com 40 cada. O levantamento foi realizado pelo Mais Goiás a partir do Diário Oficial do Município publicado na quarta.
As exonerações ocorreram em todas as secretarias, atingindo praticamente todos os cargos em comissão.
Quando se olha apenas cargos, os Assessores Especiais foram os mais atingidos. Ao todo foram 380 exonerações. Enquanto entre os Assessores Técnicos foram 106 desligamentos.
Controle
Nos bastidores aponta-se que a medida de Rogério Cruz foi para demonstrar força perante aliados e para assumir o controle da prefeitura, que havia sido loteada pelo Republicanos do Distrito Federal. A intenção é que haja recondução de parte dos servidores, mas com filtro das indicação sob o controle do chefe do Executivo.
Em nota, a prefeitura diz que as exonerações se referem a uma parcela de servidores que ocupavam funções comissionadas e compõem reorganização administrativa que prevê o remanejamento ou retorno ao cargo alguns profissionais. A expectativa é que essas reconduções sejam feitas até a semana que vem.
“Nenhum ato legal da Prefeitura de Goiânia fica comprometido com a medida, visto que não houve exoneração de titular de nenhuma pasta, servidor competente para praticar todos os atos necessários. Ademais, os servidores efetivos continuam a cumprir suas competências regimentais”, diz a nota.