Maioria vê como justa prisão de ex-presidente Lula
Os entrevistados, no entanto, se dividem quando questionados se Lula deveria concorrer à eleição ou ser impedido de fazer campanha à Presidência.
A prisão do último dia 7 foi justa e o ex-presidente Lula não irá disputar a eleição ao Planalto este ano, avalia a maioria das pessoas ouvidas na última pesquisa Datafolha.
Os entrevistados, no entanto, se dividem quando questionados se Lula deveria concorrer à eleição ou ser impedido de fazer campanha à Presidência.
Esta é a primeira pesquisa feita após o petista ter iniciado o cumprimento de sua pena na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Segundo o levantamento, 54% das pessoas veem a prisão de Lula como justa, contra 40% que consideram o contrário. Seis por cento não opinaram.
Houve uma reversão, entre janeiro e abril, da quantidade de pessoas que acreditam que Lula poderá concorrer. Hoje, para 62% dos brasileiros, o ex-presidente não estará nas urnas na eleição de outubro.
Em menor quantidade, se dividem os que consideram que “com certeza” ele participará das eleições (18%) e os que pensam que “talvez” (16%).
Em janeiro, uma fatia de 53% achava que Lula iria à disputa —dessas, 32% apostavam que “com certeza” ele seria candidato.
A percepção de que o ex-presidente não concorrerá às eleições, no entanto, não significa que os entrevistados acreditem que ele não deveria concorrer.
O quesito ficou empatado tecnicamente: para 50%, o ex-presidente deveria ser vetado de participar da corrida presidencial. Outros 48% acham que não devia haver impedimento.
Antes, 51% achavam que Lula deveria ser barrado e 47% que ele deveria participar das eleições.
O Datafolha aponta que as pessoas que consideram a prisão de Lula justa são, em sua maioria, homens, com maior taxa de escolaridade, maior média de salário e morador das regiões Sudeste, Sul ou Centro-Oeste. Entre os mais escolarizados essa porcentagem chega aos 71%.
A opinião de que a prisão foi injusta prevalece entre menos escolarizados, com 51%. Chega a porcentagens próximas entre os mais pobres e regiões Norte e Nordeste.