Mais de 40 mil trabalhadores de Goiás correm o risco de ficarem sem o abono salarial do PIS/Pasep ano-base 2014. O prazo para os interessados correrem atrás de seu direito vai até esta quarta-feira (31). Depois disso, os valores restantes voltam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e serão investidos em ações do Ministério do Trabalho para geração de empregos e qualificação profissional.
Segundo o superintendente Regional do trabalho e Emprego em Goiás, Degmar Pereira, têm direito ao benefício aqueles que trabalharam por pelo menos 30 dias em 2014, não receberam mais de dois salários mínimos e que tenham carteira assinada há mais de cinco anos. “O primeiro passo é a pessoa se dirigir à Caixa Econômica Federal (CEF) para saber se tem o direito. Depois, ela deve apresentar o Cartão Cidadão, ou, se não tiver, um documento de identificação e a Carteira de trabalho”, explica.
A diferença entre os do PIS e do Pasep é que o primeiro é para trabalhadores de empresas privadas e deve ser sacado na CEF, enquanto o segundo é para servidores públicos e deve ser sacado no Banco do Brasil (BB). Em ambos os casos, o valor a ser recebido é de um salário mínimo (R$ 880). Até o momento, somente em Goiás, 36.700 pessoas deixaram de recolher o PIS, enquanto outras 3.700 não buscaram o Pasep, totalizando 40.400 pessoas que correm o risco de ficar sem o abono.
“Apesar de termos divulgado bastante, acredito que a informação ainda não tenha chegado a algumas pessoas, principalmente do interior”, afirma Degmar. “Esse é um dinheiro importante, que pode ajudar principalmente aqueles que foram afetados pela crise”, ressalta.