Major da PM que perdeu a esposa para covid-19 vence a doença e recebe alta

Internado desde o início do mês de setembro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Aparecida de Goiânia, o major da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Márcio Antônio Siqueira recebeu alta nesta sexta-feira, 25, após ter vencido a covid-19. A alegria só não foi completa devido à perda sofrida: a esposa do major, que também era membro da PMGO, também estava internada mas não resistiu à doença causada pelo novo coronavírus.

Ao Mais Goiás, o tenente Rubens Alexandre contou que o major Márcio, que é comandante e diretor do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – Unidade Pedro Ludovico Teixeira, em Trindade, foi diagnosticado com covid-19 e internado na UTI do Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, no dia 3 de setembro. De acordo com o tenente, a esposa do policial, sargento Cláudia, foi internada junto com o marido com o mesmo problema.

Antes disso, a filha e a sogra do major também haviam sido diagnosticadas com covid-19 e internadas antes do casal. “A filha dele e a sogra, tranquilo: recuperaram beleza”, afirma o tenente. Entretanto, a sargento Cláudia não teve a mesma sorte. A policial veio a óbito no dia 10 deste mês, após menos de duas semanas internada. De acordo com Rubens, Márcio e Cláudia eram casados há cerca de 30 anos.

Já o major Márcio recebeu alta nesta sexta. “Ele, hoje, graças a Deus, saiu do hospital, bem fraco. Ele é uma pessoa forte e hoje ele está bem magro. Então foi uma vitória, o camarada ficar aí praticamente mais de 20 dias na UTI, em situação gravíssima, e vencer essa barreira”, afirma Rubens.

A reportagem tentou contato com o major, mas segundo adiantou o tenente Rubens, o militar ainda está muito fraco, necessitando ficar em recuperação.

Através do site oficial, a PMGO publicou uma homenagem ao major Márcio. Veja um trecho abaixo:

“[… A Polícia Militar de Goiás gostaria de registrar uma homenagem carinhosa para o Major Márcio, pois o seu regresso ao lar, aos amigos e à família é capaz de retumbar vida e vitória.

Não esqueceremos, em nenhum momento, do quão doloroso este momento de pandemia é para todos nós. Mas festejar a vitalidade e a energia saudável de um policial sobrevivente é participar de um ritual que afaga nossas esperanças.”