Marconi entrega novas viaturas e confirma reajute para policiais
Em discurso, governador ressaltou que Segurança Pública é prioridade em seu governo
Durante cerimônia de entrega de 500 novas viaturas às forças policiais, realizada na tarde desta quinta-feira (20) na Academia da Polícia Militar, o governador Marconi Perillo aproveitou para confirmar o aumento salarial de 12,66% para os servidores da Segurança Pública, que havia sido anunciado em setembro.
Marconi disse que deve assinar a autorização provavelmente ainda neste mês. “Farei isto no momento em que 20 estados brasileiros já não pagam mais as folhas no mês, ou não darão conta de fazê-lo. Farei isso porque houve compreensão dos policiais, dos comandantes, dos praças, de que não era possível no ano passado sob pena de chegarmos a este ano em condições de colapso”, argumentou.
O reajuste salarial de 12,33% para os servidores da área de Segurança Pública do Estado foi negociado e firmado em acordo com a categoria em 2015. O aumento deve passar a valer em dezembro deste ano.
Além das 500 novas viaturas entregues hoje, mais de 1,5 mil veículos ainda devem ser recebido pelas polícias goianas. Os veículos compõem um conjunto de 2.141 novas viaturas que a polícia goiana receberá em três etapas até o final deste ano. Na segunda serão entregues mil veículos, e a terceira, 641. O investimento total do governo estadual é de R$ 133.378.766,40 milhões.
Em discurso, Marconi lembrou que a Segurança Pública foi desprezada em gestões anteriores à sua, em que os policiais trabalhavam em condições precárias, sem armamentos e até mesmo combustível para abastecer as viaturas. O governador ainda aproveitou para alfinetar o candidato à Prefeitura de Goiânia, Iris Rezende (PMDB).
“É muito fácil hoje ir para a televisão, para as propagandas eleitorais para dizer que falta Segurança Pública, que não há apoio para a Segurança Pública. Mas são os mesmos que tiveram a oportunidade de, lá atrás, valorizarem os homens e as mulheres que integram as nossas forças de Segurança e não fizeram. Pelo contrário, submetiam as forças de Segurança a salários aviltantes. Submetiam-na a condições de trabalho precaríssimas. Talvez os mais novos não tenham conhecido essa realidade, mas os mais antigos, os oficiais de hoje, os oficiais que já estão na reserva, sabem do que eu estou falando”, criticou.
Marconi lembrou, também, que os salários das polícias passavam por constantes atrasos de até cinco meses, além de serem ínfimos. “Hoje, parece que essa realidade está muito distante, mas não está não. Ela está na memória de muitos de nós que presenciamos essas cenas ao longo dos tempos passados. Hoje é comum a todos falarem de Segurança Pública, mas quando tiveram ou têm a oportunidade de fazer, não fazem. Não priorizam”, declarou.