Marconi planeja cortar pelo menos 500 comissionados do governo estadual
Segundo ele, trata-se de uma medida para equilibrar os cofres do Estado e “profissionalizar” a administração
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O governador de Goiás, Marconi Perillo, anunciou em entrevista coletiva a intenção de cortar pelo menos 500 servidores comissionados até o final do ano. Segundo ele, trata-se de uma medida para equilibrar os cofres do Estado e “profissionalizar” a administração. “Ainda neste ano devo enviar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa reduzindo mais ainda, e eu já reduzi muito. No ano passado, chegamos a cinco mil comissionados a menos”, disse.
De acordo com o governador, a adminstração estadual se esforçará para cortar “tudo o que for exagero” quanto a folha de pagamento dos servidores. “Nós fizemos, no ano passado, um ajuste na administração enorme. Somente a reforma administrativa resultou em uma economia de R$ 500 milhões neste ano. Entre cargos comissionados e temporários, são 10 mil a menos. Então, todas as mudanças que forem necessárias para que a máquina do Estado esteja equilibrada, nós faremos”, ressaltou.
O governador fez comparações do serviço público com o setor privado e disse querer “profissionalizar” cada vez mais a administração pública. “O fato é que, em uma empresa privada, se um funcionário não cumpre metas, se ele não consegue ter mérito no que faz, não consegue entregar o que é solicitado a ele, ele não fica na empresa. Por que no governo do Estado, que é pago com o dinheiro do povo, a gente não pode fazer a mesma coisa?”, questionou.
O tucano apontou que é por essa lógica que sua administração tem investido cada vez mais nas Organizações Sociais (OSs). “o servidor celetista, se não cumpre com os seus deveres, se não tem eficiência, ele não fica”, disse. “os hospitais estão funcionando bem, os serviços estão sendo entregues com qualidade. Essa é uma honestidade intelectual que os políticos precisam ter: a coragem de enfrentar determinados desafios.“
Por fim, ele defendeu mudanças no regime de previdência do funcionalismo. “Eu acho que não é certo que uma pessoa que ganha um salário alto se aposente com 50 anos de idade, com 45 anos de idade, e vai levar essa aposentadoria por mais 40 anos para frente”, ressaltou. “Quem paga isso é o povo, essas coisas precisam ser discutidas honestamente.”
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico), Thiago Villar, afirmou ao MAIS GOIÁS que a entidade ainda não deliberou sobre os cortes anunciados. “Até o final desta terça-feira deveremos ter um posicionamento sobre isso”, pontuou.