OITIVA

Mauro Cid volta à PF para novo depoimento em dia de operação que prendeu militares

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi chamado depois de os policiais recuperarem dados que haviam sido apagados em computadores dele

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, presta novo depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta tarde de terça-feira (19). Ele foi chamado depois de os policiais recuperarem dados que haviam sido apagados em computadores dele.

Esta oitiva ocorre no mesmo dia que PF prendeu quatro militares e um policial federal durante operação que apura o planejamento da morte do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de uma tentativa de golpe de Estado.

Durante o depoimento, os policiais vão tentar descobrir se Cid mentiu, descumprindo as obrigações do acordo de delação premiada. Em nota, a defesa do ex-ajudante de ordens disse que o tenente-coronel “sempre esteve à disposição da Justiça, respondendo a tudo que lhe foi perguntado”. “Se ainda há algo a ser esclarecido, ele o fará, com toda presteza”.

Foram presos nesta terça: o general da reserva Mario Fernandes, os tenente-coronéis Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima e o major Rodrigo Bezerra de Azevedo – este último em Goiás. Na ocasião, a PF também prendeu o policial federal Wladimir Matos Soares. Ele estaria passando informações sobre a rotina de Lula a pessoas próximas a Bolsonaro.

LEIA MAIS:

Prisão de militares: Bolsonaro diz que Lula quer mostrar ao G20 que é um “democrata”

Militares presos queriam envenenar Lula e explodir Moraes, diz PF