MEDICINA

Médica é condenada por lesão de paciente que passou por cirurgia plástica, em Goiânia

Decisão manteve sentença de condenação realizada em fevereiro, que diz que Kárita Rabelo teve infecção generalizada

A médica Lorena Duarte Rosique foi condenada por lesão corporal contra uma paciente que passou por uma cirurgia plástica. A vendedora Karita Rabelo de Andrade descobriu que teve o intestino perfurado e afirma ter sido após lipoaspiração e colocação de próteses nos seios, em 2021. A defesa diz que a perfuração não tem relação com o procedimento e irá recorrer da condenação (leia abaixo).

A decisão colegiada confirma condenação, em primeira instância, em fevereiro, a dois meses de detenção convertida ao pagamento de cinco salários-mínimos. Na ocasião, a Justiça considerou comprovado que Kárita teve infecção generalizada e “necrose de parte da pele do abdome, como consequência da lipoaspiração”.

Em nota, a defesa diz que quem examina o processo “consegue verificar que existem depoimentos, laudos e exames que confirmam que a paciente não estava com o seu intestino perfurado após a cirurgia realizada, pois a perfuração surgiu mais de 30 dias depois da cirurgia, e nesse período a paciente passou por outro procedimento com outro profissional da saúde e que não estaria relacionado com a cirurgia com a médica”.

Segundo a denúncia, três dias após o procedimento, a pacidente começou a passar mal. O caso, então, evoluiu para uma infecção generalizada. A vítima chegou a ficar internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e apresenta sequelas, com necessidade de cirurgias reparadoras.

Na decisão, no entanto, o magistrado deixou de aplicar pena maior, pois não foi devidamente comprovado que a perfuração no intestino da vítima ocorreu durante a cirurgia plástica.

Médica foi absolvida em outro caso

Em março deste ano, a médica Lorena Duarte Rosique foi absolvida pela morte da paciente Arminda Lopes de Aguiar, que realizou três procedimentos estéticos com ela, em Goiânia, e morreu, em janeiro de 2022. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), não há indícios conclusivos de que a profissional foi negligente no atendimento. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que pretende recorrer da decisão.

Nota da defesa da médica

A Dra. Lorena Duarte Rosique, respeitada cirurgiã plástica com mais de 800 procedimentos de sucesso realizados, por solicitação deste veículo jornalístico, vem por meio de seus advogados, esclarecer a situação dos processos judiciais a que está respondendo, para total transparência e compromisso com a verdade.

Dos processos criminais relacionados à sua prática médica, esclarecemos:

  1. Absolvição nos últimos Dois Processos: (5201126-31 – paciente: ELIANE
    FERREIRA / 5457984-98 paciente: ARMINDA)
    Após o devido processo legal e análise rigorosa das evidências, comprovando a ausência de qualquer conduta negligente ou imprópria, a absolvição foi a conduta que o Tribunal de Justiça considerou. Ficou nítido nestes casos que a médica e sua equipe foram atenciosas e extremamente profissionais diante das intercorrências que as pacientes tiveram em seus pós-operatórios.
  2. Condenação com Possibilidade de Recurso paciente Kárita:
    Em que pese a condenação de 02 (dois) meses que foram revertidos em 05 (cinco) salários-mínimos, sobre o caso da paciente Kárita Rabelo de Andrade, embora seja respeitada a decisão judicial, toda equipe jurídica está considerando e avaliando com a médica a viabilidade de novo recurso, já que o processo ainda não finalizou.
    Quem examina o processo, consegue verificar que existem depoimentos, laudos e exames que confirmam que a paciente não estava com o seu intestino perfurado após a cirurgia realizada, pois a perfuração surgiu mais de 30 dias depois da cirurgia, e nesse período a paciente passou por outro procedimento com outro profissional da saúde e que não estaria relacionado com a cirurgia com a médica.
    A Dra. Lorena e toda sua equipe reafirmam o compromisso com a ética, a transparência e o respeito aos seus pacientes. Todos os procedimentos realizados seguem os mais altos padrões médicos, com consentimento informado e esclarecimento completo sobre os riscos envolvidos.

    Thiago Oliveira – CAB/GO 482.123