SAÚDE

Médicos do Heapa fazem greve por causa de atraso salarial e condições precárias; OS contesta

Segundo o diretor clínico, Timóteo Vilela, todo o corpo clínico está em greve. Porém os pacientes já internados continuarão sendo assistidos

Médicos do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia (Heapa) entraram em greve, na segunda-feira (27), por causa de atraso salarial e condições precárias na unidade de saúde. Os trabalhadores estão sem receber nos meses de março e abril, além de reclamarem de superlotação hospitalar, equipes de segurança e limpeza reduzidas e ausência de abastecimento de alguns medicamentos e insumos necessários.

O Instituto de Gestão e Humanização (IGH), organização social que gere a unidade, enviou notificação aos médicos do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia (Heapa), destinada ao diretor clínico Timóteo Vilela Veríssimo, para que os trabalhadores continuem prestando integralmente os serviços até o término do contrato, em 29 de maio de 2024.

Segundo Timóteo Vilela, todo o corpo clínico está em greve. Porém os pacientes já internados continuarão sendo assistidos, bem como as urgências e emergências continuarão sendo atendidas. Apesar da contranotificação, ele garante que não está previsto o fim da greve.

OS diz que paralisação só é permitida após inadimplência de 60 dias

A contranotificação enviada pelo IGH aponta que o pagamento está previsto até o dia 20 do mês subsequente aos serviços prestados. O instituto alega que a paralisação dos serviços só é permitida se a inadimplência for superior a 60 dias. A inadimplência atual é de 36 dias.

Além disso, segundo a OS, a paralisação viola o princípio da boa-fé contratual e os princípios de proporcionalidade e razoabilidade. Além de causar graves riscos à saúde e à vida dos pacientes do Heapa.