Meirelles: sem reforma, despesa com Previdência pode chegar a 80% do orçamento
Ele lembrou, inclusive, que o governo tem ajudado Estados que estão em situação fiscal grave por causa de gastos com a Previdência.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a alertar nesta quinta-feira, 7, que, se a reforma da Previdência não for aprovada, as despesas do governo federal com pensões e aposentadorias, que hoje representam cerca de 50% do orçamento, podem chegar a 80%. “Se nada for feito, despesas não cabem no teto do gastos”, disse o ministro, que participa de evento da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
Ele lembrou, inclusive, que o governo tem ajudado Estados que estão em situação fiscal grave por causa de gastos com a Previdência. “Estamos prevenindo que isso aconteça no Brasil”, disse o ministro, em referência ao orçamento federal. “Quero que todo brasileiro tenha certeza que terá aposentadoria”, acrescentou Meirelles.
O ministro argumentou ainda que a idade média de aposentaria no Brasil é de 59 anos, enquanto no México é de 72 anos. Disse também que poucos conseguem se aposentar por tempo mínimo de contribuição (35 anos) e que, com a reforma, os mais pobres vão se aposentar mais cedo.
Meirelles lembrou a aprovação da PEC do teto dos gastos e disse que as despesas federais, que saíram de 10,8% do PIB em 1991 para 20% em 2016, chegariam a 25% se não fosse a medida. “Isso significa mais recursos disponíveis para a sociedade consumir e investir”, disse.
Em seu discurso, enquanto mencionava a evolução dos indicadores econômicos durante o governo Michel Temer, ele citou que a inflação em 12 meses caiu de 9,3% em maio de 2016 para 2,7% em novembro deste ano. Ao final de sua fala, ele afirmou que o brasileiro quer emprego, renda e inflação baixa e convocou todos “para trabalharmos juntos para o Brasil crescer”.