Membro do Comando Vermelho tenta manobra judicial para evitar extradição ao Brasil
‘Marcelo Piloto’ é um dos principais fornecedores de armas para a facção criminosa e está preso no Paraguai
Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o ‘Marcelo Piloto’, apontado como um dos maiores fornecedores de armas da facção criminosa Comando Vermelho, contestou na última sexta (16), o processo judicial no qual é réu em Assunção, no Paraguai. A defesa de Piloto solicitou a substituição do juiz e do promotor responsáveis pelo caso.
Marcelo era foragido da justiça brasileira há seis anos e foi preso em Encarnacion, no sudeste do Paraguai, após um trabalho de cooperação internacional. Aqui ele já foi condenado por homicídio, roubo e tráfico de drogas.
De acordo com o promotor de justiça paraguaio, a solicitação do réu é uma manobra para impedir que ele seja extraditado para o Brasil, onde ele pode cumprir uma pena de até 25 anos. Lá, os processos que ele responde podem dar até 10 anos de prisão. O tribunal de apelações vai responder, em até uma semana, se acata o pedido da defesa.
Plano de fuga
Até ser preso, Marcelo era um dos foragidos mais procurados do Brasil. Em busca de informações sobre ele, as autoridades ofereciam uma recompensa de R$ 10 mil por qualquer pista sobre seu paradeiro.
Após sua prisão, em fevereiro deste ano, a polícia civil do Rio de Janeiro prendeu dois homens acusados de integrarem um grupo que planejava a fuga de Piloto da prisão.
O organizador do plano era Leomar Oliveira Barbosa, o ‘playboy do tráfico’. Leomar era braço direito de Fernandinho Beira-Mar e ficou conhecido em Goiás após ser solto indevidamente do Presídio Estadual de Formosa em julho deste ano.
Na ocasião, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que os funcionários encarregados foram afastados e uma sindicância foi aberta para que as circunstâncias do fato fossem apuradas. Leomar continua foragido.