CASO MIGUEL

Menino morto pela mãe no RS era obrigado a escrever frases ofensivas em caderno

O menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, era obrigado a escrever frases ofensivas…

O menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, era obrigado a escrever frases ofensivas em um caderno, de acordo com a Polícia Civil (PC). A corporação apreendeu o objeto na noite da última terça-feira (3). A mãe do menino, Yasmin Rodrigues, de 26 anos, está presa após confessar ter matado o menor e o jogado dentro do Rio Tramandaí, em Imbé, no Rio Grande do Sul. Até o momento, o corpo do menino não foi encontrado.

De acordo com o delegado Antonio Carlos Ractz, o menino era obrigado a compilar frases negativas como “eu sou um idiota”, “não mereço a mamãe que eu tenho”, “eu sou ladrão, “eu sou ruim” e “eu sou um filho horrível”.

O caderno foi encontrado em um dos apartamentos onde Miguel morou com a mãe, no Balneário de Santa Terezinha, e outro no Centro de Imbé. Além do objeto, a polícia localizou uma corrente que seria utilizada para manter a criança presa. Este objeto, inclusive, era teor de uma conversa entre Yasmin e a madrasta de Miguel, Bruna Nathieli Porto da Rosa, sobre a compra da corrente.

Bruna também foi detida por suspeita de envolvimento no assassinato. Ela e Yasmin foram transferidas do Presídio de Torres para a Penitenciária Feminina de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre.

A defesa de Bruna disse ao G1 que analisa o inquérito e as provas produzidas e que irá emitir posicionamento assim que conversar com a investigada. De acordo com o delegado, a perícia também esteve nos apartamentos para colher material genético para análise.

Sétimo dia de buscas

O Corpo de Bombeiros entrou no sétimo dia de buscas pelo corpo de menino nesta quarta-feira (4). A corporação acredita que a mala onde o menino está tenha ido para o mar, onde o rio desemboca, devido à vazante. Drones também estão sendo utilizados para ajudar nas buscas. Nesta semana, cães farejadores devem passar a ser usados.

“Hoje [quarta] as nossas buscas se manterão na orla, deslocamento pela areia e visualização do mar com o drone. Água do mar com boa visualização, nível do rio e lagoa muito baixos”, diz o tenente Elísio Lucrécio.

Segundo a polícia, o menor foi dopado pela própria mãe e teve o corpo colocado dentro da mala e ateado no rio

*Com informações do G1