Imóveis

Mercado imobiliário goianiense resiste a crise

Mesmo com a crise, pesquisa mostra que vendas estão estáveis. Especialista afirma que lançamentos para públicos específicos é aposta para setor manter-se aquecido

Na contramão do noticiário econômico, a movimentação do mercado imobiliário continua. Só na última semana, um condomínio horizontal com 1000 lotes, entre Goiânia e Aparecida de Goiânia, foi vendido questão de em horas. Em maio, uma incorporadora distribuiu R$ 50 mil em prêmios para equipe de corretores de imóveis por vender mais de 165 apartamentos em um lançamento no Setor Coimbra em apenas 90 dias.

Dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO) apontam que  as vendas  de imóveis do primeiro quadrimestre de 2015 ficaram no mesmo patamar do mesmo período de 2014, indicando a equilíbrio do mercado mesmo em período de turbulências econômicas.

O especialista em mercado imobiliário, Ricardo Teixeira, garante que as vendas vão crescer ainda mais, especialmente para projetos desenvolvidos para atender a novas necessidades que tem surgido com o crescimento da cidade que, aliás, tem tido aumento demográfico acima da média nacional. “Quando se observa mais atentamente à dinâmica dos moradores de uma cidade em crescimento, como Goiânia, é possível identificar com assertividade campos inexplorados”, diz ele.

Ricardo Teixeira lembra que outro pilar que mantém o mercado imobiliário aquecido em Goiânia é a demanda por novas moradias que surge naturalmente em consequência dos casamentos, divórcios e também da migração em alta. Segundo estudo divulgado recentemente pelo City Mayors, centro de estudos internarcionais dedicados a temas urbanos, Goiânia é  101ª cidade do mundo e a 5ª do Brasil que mais deve crescer até 2020 e se tornará uma supercidade.

Outro dado que mostra a resiliência do mercado imobiliário goiano é a valorização. O Índice Fipezap, que mede o preços dos imóveis em 25 cidades, aponta que Goiânia, nos últimos 12 meses, registrou alta de 8,8%, bem acima da inflação (IGP-M) que cuja média, nesse período, é de 4,1%. A capital possui o segundo lugar no ranking das cidades com maior valorização, apesar dos preços dos imóveis estar quase na lanterna da média nacional

Para Ricardo Teixeira, este é um cenário de oportunidade para investidores, já que a cidade é jovem, com economia pujante e tem expectativa de crescimento acima da média nacional. “A valorização será ainda maior na medida em que as áreas, hoje disponíveis, forem ocupadas. Entrará em vigor a lei da oferta e da procura, princípio que rege a nossa economia”, lembra.

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