Mesmo “fora” da taxa de Caiado para agro, produtor de leite será impactado, diz Sindileite

O produtor de leite deverá sofrer com a taxação do agro, ainda que “fora” do grupo. Mesmo que a indústria seja a responsável pela contribuição, como cita o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite), Alfredo Luiz Correa, este grupo sofrerá o impacto.

Segundo o governo de Goiás, a proposta não terá incidência em toda a produção agropecuária. Esta será para os produtores de milho, soja, cana de açúcar, carnes e minérios serão contribuintes do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra).

Ainda assim, Alfredo prevê perdas indiretas ao produtor de leite, que já tem margem apertada. “Indiretamente, a indústria vai repassar para ele. Vai tirar da matéria prima”, esclarece Alfredo. “Será ruim para toda a cadeia. As margens do produtor já são bastante apertadas.”

Desta forma, o diretor reforça que “o que foi retirado de outro segmento será repassado ao produtor rural. No final, quem vai pagar é o consumidor, o que gera inflação”.

Na quarta-feira (9), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) disse a 23 deputados que enviaria nesta semana um projeto de lei para criar uma contribuição sobre a produção do agro. Este, que já está na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), prevê a taxação até 1,65%.

O dinheiro arrecadado irá para um fundo que terá administração da Secretaria de Infraestrutura. A medida já ocorreu em outros Estados do Centro-Oeste. A justificativa é sanar a perda de arrecadação do ICMS em decorrência de medida do governo federal.

LEIA MAIS:

“Não esperávamos que Caiado fizesse isso”, diz vice do Sindicato Rural de Jataí sobre taxa do agro

Agronegócio vai se organizar contra taxa que Caiado quer criar, diz Aprosoja