Metade dos brasileiros prefere que marcas se comuniquem por jornal, TV e rádio durante epidemia
O relatório ouviu 12 mil pessoas de 12 países para avaliar a confiança nas marcas durante a epidemia da Covid-19
Mais da metade (53%) dos brasileiros prefere que as empresas comuniquem suas ações durante a pandemia do novo coronavírus por meios consolidados, como jornal, TV e rádio, mostra pesquisa da Edelman divulgada nesta segunda-feira (6).
Depois, aparecem Facebook (49%), Instagram (46%), o site da marca e o email, com 40% da preferência.
O relatório ouviu 12 mil pessoas de 12 países para avaliar a confiança nas marcas durante a epidemia da Covid-19. O período das entrevistas foi de 20 a 23 de março.
A conclusão é que este é o momento para as marcas aparecerem em vez de se omitirem.
No mundo, 45% dos entrevistados preferem os meios consolidados para a veiculação de informações das companhias durante a pandemia. Depois, optam por email (42%), site da marca (33%), Facebook (31%), Instagram (21%) e Twitter (19%), seguidos de outras fontes como streaming e correspondência.
Dentre todas as mídias, os veículos de comunicação nacionais e locais só apareceram atrás dos sites das marcas na avaliação sobre a credibilidade de um conteúdo corporativo.
Quarenta e seis por cento dizem que acreditam em uma informação ao vê-la uma ou duas vezes em veículos nacionais ou locais. Nas redes sociais, são 37%.
Apoio a funcionários
O relatório mostra que 94% dos brasileiros querem que as marcas mantenham seu público completamente informado sobre como a marca apoia e protege seus empregados e clientes.
Oitenta e cinco por cento concordam que as empresas têm a responsabilidade de garantir que seus empregados estejam protegidos do vírus e 60% avaliam que as marcas e companhias estão respondendo com mais rapidez e eficiência à pandemia do que o governo.
Para 72%, o país não passará pela crise do coronavírus sem que as marcas desempenhem “papel crucial na solução dos desafios”.
Noventa por cento dos entrevistados defendem que as marcas precisam fazer o que puderem para proteger o bem-estar e a segurança financeira de seus empregados e fornecedores, “mesmo que isso signifique sofrer grandes perdas financeiras”. Para 38% desse grupo, apesar de desejável, isso não é uma obrigação.
No Brasil, 96% dizem que empresas devem se juntar a órgãos e governos para solucionar a crise, embora 32% avaliem que isso não é uma obrigação.
Sobre o consumo de produtos, 35% dos brasileiros afirmam já ter convencido outras pessoas a parar de usar uma marca que acharam que não estava agindo de maneira adequada em resposta à pandemia.
No mundo, 60% dizem que têm recorrido às marcas nas quais confiam durante a crise; 37% concordam que as respostas das empresas à pandemia influenciam a compra de produtos.