Tem culpa

Metade dos que votaram pela urgência do pacote anticorrupção está na Lava Jato

Dos 14 senadores que votaram em favor da urgência, 7 são investigados na Lava Jato

Metade dos senadores que patrocinaram a manobra para agilizar votação do pacote anticorrupção está na Lava Jato. Dos 14 senadores que votaram em favor da urgência, 7 são investigados na Lava Jato. Dentre esses, a Polícia Federal pediu o arquivamento dos inquéritos de dois senadores do PT, mas o pedido ainda não foi respondido pelo Supremo.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que votou a favor da urgência, não é investigado na Lava Jato, mas foi citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Na noite desta quarta-feira, 30, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), coordenou uma manobra para votar o pacote que veio da Câmara dos Deputados sem espaço para discussão nas comissões da Casa. O requerimento acabou derrotado em plenário.

Confira a lista dos senadores investigados na Lava Jato:

Valdir Raupp (PMDB-RO) – Investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; PGR apresentou denúncia contra o senador em setembro

Ciro Nogueira (PP-PI) – Investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Cabe à PGR decidir se denuncia o senador

Fernando Collor (PTC-AL) – Investigado por corrupção passiva e desvio de dinheiro; PGR apresentou denúncia contra o senador em 2015

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) – Investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; PGR apresentou denúncia contra o senador em outubro

Benedito de Lira (PP-AL) – Investigado por corrupção e lavagem de dinheiro; PGR apresentou denúncia contra o senador em 2015

Humberto Costa (PT-PE) – Investigado por corrupção; Polícia Federal pediu arquivamento do inquérito por falta de provas em agosto

Lindbergh Farias (PT-RJ) – Investigado por corrupção e lavagem de dinheiro; Polícia Federal pediu arquivamento do inquérito por falta de provas em novembro

Roberto Requião (PMDB-PR)* – Senador não é investigado na Lava Jato, mas é citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, por ter recebido vantagem indevida