A BOA DO DIA

“Meu Deus, não me lembrava de como as nuvens são bonitas”, diz paciente ao ver o céu depois de sete anos

“Meu Deus, não me lembrava de como as nuvens são bonitas. Que saudade eu estava…

“Meu Deus, não me lembrava de como as nuvens são bonitas. Que saudade eu estava de ver o sol. Obrigada meu Deus, estou vivo”. Foram essas as palavras ditas por Cássio Ribeiro Alves ao ver o céu depois de sete anos sem conseguir levantar a cabeça. Paciente do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo (CRER ), ele luta há 13 anos contra a doença Espondilite anquilosante.

Com uma deformidade grave na coluna, o homem não conseguia se deitar, assistir televisão. Uma das limitações mais marcante era não poder ver o rosto das filhas. A realização do sonho do paciente só foi possível graças ao trabalho dos profissionais envolvidos no tratamento. A equipe não poupou esforços para realizar esse desejo. Foram dias de planejamento para garantir a segurança, conforto e o bem-estar do paciente durante o tão esperado momento de reencontro com a luz do dia.

“Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo. Ver o brilho no olhar do meu pai, ver ele tão feliz por ter visto o céu é muito gratificante. Ter meu pai bem e conseguindo olhar nos meus olhos não tem preço”, contou a filha de Cássio, Francielly Pereira Alves.

A cirurgia de Cássio

O especialista em Cirurgia da Coluna e Deformidades Vertebrais do CRER. Dr. Murilo Tavares Daher, é o médico responsável pelo caso do Cássio. Para ele, ver a evolução e a melhora do paciente é um mérito de toda a instituição.

“Nunca tínhamos feito uma cirurgia de tamanha complexidade. O caso do Cássio é raro, não existe histórico de casos como o dele, não existe literatura para esse tipo de tratamento. Foi um desafio que comoveu toda a nossa equipe. Uma das características que diferenciam o CRER das demais unidades de saúde é o trabalho em equipe, e o tratamento multiprofissional com certeza faz toda a diferença. O sorriso no rosto do Cássio é um mérito de todos os profissionais da instituição”, relata Murilo.

Cássio junto com a equipe do CRER (Foto: Divulgação/CRER)