CASO VALÉRIO LUIZ

“Meu pai não pediu pela própria morte”, diz Valério Filho sobre assassinato do pai

“Meu pai não pediu pela própria morte, mas com certeza alguém pediu para matá-lo.” Foi…

“Meu pai não pediu pela própria morte, mas com certeza alguém pediu para matá-lo.” Foi assim que o assistente de acusação e filho de Valério Luiz, Valério Luiz Filho, deu início a sua fala ao júri às 17h30 desta quarta-feira (9). Ele mostrou um vídeo em que o avô (Manoel de Oliveira, o Mané), emocionado, questiona a autoria do assassinato e reiterou a inimizade entre o radialista e Maurício Sampaio, que era vice-presidente da diretoria do Atlético Goianiense, a quem a vítima fazia críticas constantes.

Valério Filho disse se lembrar do momento em chegou ao local da morte do pai. À época, a madrasta dele, Lorena, disse que aquilo “tinha dedo do Maurício”. Enfatizou também que a motivação do crime não se deu somente pelas críticas que o pai fazia à Sampaio, mas também porque o jornalista “era um empecilho” à tentativa de poder do até então vice-presidente. “É fácil dizer que não tem provas quando falam que todas as provas que aparecem são falsas”, disse.

O assistente de acusação também mostrou ao conselho de sentença um vídeo de um outro caso em que Maurício Sampaio foi acusado de ameaçar de morte uma outra pessoa por conflitos em um cartório do qual já havia sido dono. “Vocês já ameaçaram alguém de morte? Porque eu não! Isso não é normal”, disse.

No fim de sua fala, Valério Filho perguntou ao júri o que eles faziam há 10 anos e o que gostariam de estar fazendo hoje. “Eles não mataram apenas o meu pai, levaram também 10 anos da minha vida… A verdade aqui é que a única família que foi realmente destruída foi a minha. Vocês hoje não tem o poder da condenação dessas pessoas, têm também o poder de mostrar para o mundo que pessoas importantes, com dinheiro, com poder, não podem ficar impunes”, pediu.