Eleições 2016

“Meus adversários estão desesperados”, diz Delegado Waldir

Com ele não existe meio termo. Ou você ama ou odeia. Polêmico, o deputado federal…

Com ele não existe meio termo. Ou você ama ou odeia. Polêmico, o deputado federal e candidato à prefeitura de Goiânia, Delegado Waldir (PR), assume que é “osso duro de roer” e diz estar tranquilo na campanha, mesmo com volta do velho cacique peemdebista Iris Rezende no páreo.

Contudo, o delegado, que costuma dizer que dispensa alianças e conchavos e que sua aliança é com o povo, conseguiu até agora o apoio de apenas dois partidos nanicos, o PTN e o PMN, que anunciaram coligação com o deputado federal em convenção realizada ontem (03/08), na Assembleia Legislativa de Goiás.

Waldir perdeu até mesmo o seu vice, o médico Zacarias Calil, que é filiado ao PMB, partido que acabou anunciando apoio a Vanderlan Cardoso (PSB). Mas isso não desanima o candidato. Com propostas ousadas, ele pretende organizar a cidade do seu jeito. “Goiânia vai ser uma cidade organizada! Quem quiser fazer baderna, que vá fazer de Goiânia pra lá, mas em Goiânia nós não vamos admitir a baderna, a bagunça, quebrar ônibus, nós não vamos admitir!”

Assumidamente conservador, o delegado quer extinguir a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA) na Prefeitura de Goiânia e instituir a Secretaria de Defesa do Cidadão para defender todos os cidadãos e não apenas “as minorias”, segundo ele.

Para o deputado, o problema da mobilidade hoje na capital são as motocicletas e ele propõe a construção de vias exclusivas para este tipo de veículo. Ele ainda quer eliminar os estacionamentos nas ruas de Goiânia e diz que a cidade é muito “quente” para o uso de bicicletas no dia a dia. 

O candidato ainda comentou a polêmica envolvendo um ativista político em Goiânia e os processos que ele está movendo contra jornais e jornalistas da capital. Ele também não poupou críticas até mesmo aos seus correligionários, o vereador Paulo Borges e a deputada federal Magda Mofatto: “Se A ou B no meu partido tem suas máculas, vai responder na justiça.”

Confira a entrevista completa:

Mais Goiás: O senhor falava que o Iris era o seu principal adversário e agora ele voltou novamente para o páreo. O que muda com a volta dele?
Delegado Waldir: Na verdade, pra mim é indiferente. Eu estou preparado para essa disputa com qualquer candidato. Não me preocupa qualquer articulação. Eles estão desesperados. Eu estou extremamente tranqüilo.

MG: Assusta essa possível coligação PSDB e PMDB?
Assusta de camarote. Se eles estão se articulando é porque eles estão com algum receio. Eu estou aguardando tranquilamente os outros candidatos. Nossa candidatura é consolidada desde o ano passado. Essa candidatura [do Íris Rezende] é uma candidatura feita as vésperas da convenção. Então sou o primeiro candidato a prefeito de Goiânia e os demais estão aí se articulando. O nosso já está consolidado.

MG: Mas você perdeu o seu vice. O que aconteceu?
A gente tinha escolhido o vice que era o Dr. Zacarias Calil em razão das pesquisas que mostravam que a principal preocupação de quem vive em Goiânia era primeiro segurança e depois a saúde, por isso que escolhi um amigo meu, mas um dos melhores nomes da medicina do país, e ele aceitou essa missão, mas ao longo desse projeto a gente acabou levando uma rasteira política. A gente sabe que o governo do estado e outras forças políticas de Goiás trabalham para esvaziar o nosso projeto político e a gente acabou levando uma rasteira. Eu e o Dr. Zacarias fomos humilhados quando ficamos sabendo pela imprensa que o partido onde ele estava sendo negociado pela presidente municipal com outro pré-candidato.

MG: Não teve alguma interferência com relação a Magda Mofatto?
Nenhuma relação. Quando eu vim pro PR eu conversei com o Flávio Canedo, que é o presidente estadual do partido, e com a Magda Mofatto, que é a deputada do partido, conversei com o presidente nacional do partido, e ficou acertado que eu seria o candidato a prefeito de Goiânia, que eu escolheria minha chapa de vereadores, escolheria o candidato a vice, todo o propósito. O PR apenas nos ajudaria a construir esse projeto. Então essa decisão foi conversada e sacramentada, e no PR eles cumprem o acordo. [Calil] não era o candidato dos sonhos do PR, mas era o meu candidato sim, seria ele se ele estivesse permanecido. Eu sofri uma humilhação, minha família, o Zacarias, a família dele, ao tomar conhecimento pelos jornais dos fatos. No último domingo ele ligou para mim e disse que não iria mais continuar por isso. Mas o Dr. Zacarias foi muito importante, ele ajudou a montar no nosso plano de governo na área da saúde e vai estar conosco no nosso projeto.

MG: Ele não vai apoiar o Vanderlan?
Não. Ele vai se desfiliar do PMB. Ele vai nos ajudar. Só que com essa rasteira não tem mais possibilidade [dele se candidatar]. Inclusive ele saiu de outro partido, o PP, para vir conosco, para você ver a confiança dele e minha e nele nesse projeto e no PMB. O acordo com o PMB foi feito com a presidente nacional, estadual e com a municipal. E foi um acordo com o Dr. Zacarias e comigo junto, então foi um acordo de palavra que foi firmado, só que agora a candidata municipal vai ser candidata a vereadora e ela veio agora, depois de uma conversa com outro pré-candidato, e disse que a prioridade dela é a eleição dela como vereadora. Então é um partido de negociata.

MG: Na convenção ontem o senhor ganhou apoio só de dois partidos?
Na verdade não terminou, nossa ata ficou em aberto. Nossa ata nós vamos registrar hoje, no prazo de 24 horas em juízo, mas nós estamos deixando em aberto. Tanto que nosso vice não está definido, nós deixamos o nome em aberto aguardando outras conversas que existem com vários partidos.

MG: Apesar da expressiva votação e das pesquisas já apontarem seu nome na época, o PSDB não quis apoiar a sua candidatura. O senhor até deixou o partido por causa disso. Porque o PSDB não quis bancar a sua candidatura?
Eu prefiro não falar do passado, acho que quem tem que falar e tem que chorar é quem perdeu.

MG: Mas caso o senhor seja eleito, o senhor terá que se relacionar com o governo estadual. Como está o seu relacionamento com o governador Marconi Perillo?
Ele não é meu adversário agora na campanha. Ele tem quatro candidatos agora e a gente vai estar preparado para discutir Goiânia com qualquer um dos candidatos dele. Nós sabemos que o Estado tem que fazer o repasse ao município. A União da mesma forma, isso é constitucional, está na lei. Hoje existe uma parceria entre o governo e município, na concessão da água e o esgoto, da linha de transporte coletivo. Nós temos uma visão que nós temos que exigir contrapartidas. Hoje o município não fiscaliza adequadamente esses serviços, temos um dos piores transportes coletivos do país por falta de fiscalização da prefeitura. As pessoas estão sem pontos de ônibus adequados, transportes fora do horário, ônibus sucateados, pessoas morrendo, sendo assaltados. O cidadão não é tratado hoje como consumidor. Ele paga adiantado pela prestação de um serviço que não é de qualidade e não vejo o PROCON estadual ou o municipal se envolver nessa questão. Então eu vejo que o usuário do transporte coletivo está abandonado.

MG: Vários candidatos já prometeram resolver os problemas do transporte coletivo e até hoje nada foi feito de efetivo. Além das fiscalizações, como o senhor acredita que vai resolver esse problema?
Eu vejo que temos que modernizar o transporte coletivo em Goiânia. Eu tenho visitado as capitais e outros países também. Em Goiânia precisamos tratar o passageiro como um cliente e o cliente sempre tem razão, e isso hoje isso não tem sido feito, seja na questão dos terminais de ônibus que você pode fazer parceria com as concessionárias, permitindo a propaganda, como é feito na Europa, e nos pontos da mesma forma. Que os terminais sejam usados exclusivamente para o cidadão que vai fazer o uso do Eixo e, em anexo, ter shoppings e uma estrutura de comércio, para que o cidadão possa ir nesse shopping e voltar, que tenha serviços públicos, toda a parte comercial, mas anexo, permitindo que os terminais tenham banheiros que não sejam humilhantes. Finalizar a questão dos Eixos, aumentar a extensão do Leste-Oeste até a região metropolitana e isso a gente tem que fazer em consórcio com as demais cidades. Norte e Sul a gente tem que implantá-lo totalmente e nós queremos implantar uma novidade que tem em Curitiba: o ônibus que circula entre as órbitas entre os bairros para evitar que as pessoas venham para o Centro e do Centro tenham que ir para outro bairro, então esse ônibus circularia numa órbita entre os bairros.

MG: Em relação a ciclovias, o senhor pretende construir mais?
Eu fui crítico a esse projeto porque ele é um modismo. Qual é a população hoje em Goiânia que utiliza ciclovias para ir ao trabalho, para ir à escola? Hoje a ciclovia em Goiânia é usada para o lazer. Houve um grande erro em Goiânia na questão das ciclovias. Se você quer implantar esse modelo de mobilidade você tem que fazer com que as pessoas mais carentes tenham acesso a esse eixo. Qual bairro da periferia de Goiânia está interligado em ciclovias até terminais? Foi construído ciclovias onde as pessoas vêem. Então acho que aí é enganar o cidadão. Se você quer fazer um projeto sério de ciclovias como existe na Europa, as ciclovias vêm dos bairros até os terminais. Nos terminais você tem os bicicletários e dali as pessoas pegam o metrô para fazer a integração. Eu não sou contra, só acho que foi feito de forma inadequada. E outra questão de mobilidade: qual o grande problema de Goiânia hoje? São as motocicletas. Goiânia é a cidade com a maior proporção de motocicletas por habitantes do país. Somos uma das cidades mais violentas em mortes de pessoas com o uso de motocicletas. Se o Delegado Waldir for prefeito, nós vamos implantar as motovias para separar a circulação dos carros das motocicletas. É um projeto pensando hoje na mobilidade de Goiânia e no que nós vivemos. Você incentivou as pessoas a comprarem veículos automotores e agora você quer tirar eles? Não! Nós temos que avançar com os eixos exclusivos e as vias preferenciais.

MG: Você também quer restringir os estacionamentos nas ruas?
As vias são para serem utilizadas por veículos, temos que restringir os estacionamentos e construir estacionamentos verticais, que pode ser uma fonte de financiamento do transporte público. Queremos incentivar os estacionamentos verticais.
Delegado
MG: O senhor sempre cita as cidades europeias como modelo em mobilidade, mas elas investem em ações sustentáveis, incentivando as ciclovias e os cidadãos a deixarem os carros em casa...
Para fazer isso nós temos que pensar em quem usa a ciclovia.

MG: Mas o senhor tem algum projeto visando à sustentabilidade?
Sim. Vamos fazer aquilo que não foi feito de forma adequada: promover as ciclovias do bairro até os terminais, não é fazer apenas ciclovias para lazer. As ciclovias que nós temos hoje foram feitas para lazer e não pensando em mobilidade. O custo de ciclovias é baixo, mas nós temos que ver … Eu participei do Codese, nós estamos planejando em Goiânia para 2033 e pensando na sustentabilidade, mas aí você pode utilizar os ônibus no biodiesel, você não pode pensar só na ciclovia na mobilidade. Nós temos que pensar que, culturalmente, o brasileiro não usa bicicleta porque nós temos um clima diferente da Europa. Você vai sair lá do São Carlos e vai lá para o shopping Passeio das Águas. Aí você pega a ciclovia e vai chegar e trabalhar como? Com qual desodorante? Então Goiânia é uma cidade quente.

MG.: O senhor está na bancada conservadora do congresso e é visto com maus olhos pelos movimentos sociais e minorias, além dos defensores dos direitos humanos. Se eleito em Goiânia, como o senhor trabalhará com os movimentos sociais? E as demandas das minorias (negros, lbtg e mulheres) serão atendidas?
Eu vejo na verdade que nós vivemos numa democracia. Nós temos que pensar na igualdade de todas as pessoas, não ficar observando apenas as questões das minorias. Eu sou defensor das mulheres violentadas, agredidas. Tenho projetos como a creche noturna. Um dos nossos projetos é que as mulheres tenham creches não apenas oito ou nove meses por ano, mas que as creches passem a funcionar por 12 meses no ano, que a gente implante as creches noturnas. A prefeitura vai fazer seu abrigo municipal para deixar as mulheres, não vai deixar apenas para o Cevam, é uma responsabilidade do município. Alguns candidatos dizem que eu sou contra os negros. Eu tenho sangue negro, meu avô é negro, minha esposa é negra. As pessoas não sabem o que falam. Eu sou legalista. Eu sou defensor da constituição.

MG: O senhor diz que a prefeitura fez cabides de emprego para as minorias…
Os defensores das minorias fizeram do Paço Municipal e do governo federal cabides de emprego para UNE, para a CUT, para essas minorias e isso nós não vamos permitir. E esse é o medo: de uma gestão eficiente. O Delegado Waldir pode ser um divisor de águas na política goiana e isso desespera os grandes grupos políticos que temos no Estado e aí eles colocam o Delegado Waldir contra a minoria A ou B sem me conhecer. Nós não vamos ter mais a Secretaria de Direitos Humanos não, é Secretaria de Defesa do Cidadão, é uma secretaria de todos. Não é só a minoria A e B, mas os idosos, as crianças, o cidadão adulto, o estudante, o negro, o índio. De todos: do negro, brancos, azul, amarelo, cor-de-rosa. Não vamos defender bandido não. Por isso que sou conversador: porque eu não aceito isso. Quem errou tem que pagar pelo seu erro. Nosso país está cansado de impunidade. Dr. Juiz Sérgio Moro e Dr. Joaquim Barbosa deram modelos de que é possível essa mudança e eu comungo dessa mesma linha deles. Se eles são conservadores, sou conservador que nem eles também.

MG: O senhor sempre esteve envolvido em polêmicas, mesmo enquanto delegado. Há registros de processos do senhor contra jornalistas e recentemente o senhor se envolveu em uma polêmica com o ativista Vitor Cadilac, que criticou sua forma de fazer política e o senhor respondeu que ele foi criado no “danoninho, no iogurte e na roupa de grife”…
Eu não me envolvi em polêmica com ele. Nunca usei as redes sociais para falar sobre ele. Na verdade, ele usou o Paço Municipal, a Prefeitura… Ele é filiado ao PSOL e está usando a mídia para me atacar. Pega os vídeos e me ofende, me chama disso e daquilo. Eu nunca vou fazer isso com nenhuma pessoa. Eu sou candidato a Goiânia para discutir Goiânia. Não vou permitir baderna em Goiânia não. Pode esquecer! Não vou permitir essas quebradeiras que aconteceram!Não vou permitir! Goiânia vai ser uma cidade organizada! Quem quiser fazer baderna, que vá fazer de Goiânia pra lá, mas em Goiânia nós não vamos admitir a baderna, a bagunça, quebrar ônibus, nós não vamos admitir! Eu sou defensor da ordem e da legalidade e vamos usar a força necessária para fazer o combate aos baderneiros. Não vou permitir uso de maconha nas praças, nas escolas, nas ruas, não! Vai acabar essa moleza. Isso eu vou agir com extrema legalidade, dentro do que a lei permite. Então essas pessoas estão muito mal acostumadas. Não tenho polêmica com A ou com B. Eu não vou aceitar que as pessoas não me respeitem. Na verdade, o que aconteceu, com esse rapaz, com esse partido, foi que todos os demais candidatos, todos eles estão me atacando e todos esses vão ter uma resposta judicial. O que houve é que eu fui num programa de TV e houve uma pergunta específica e eu simplesmente falei a verdade daquilo que eu sei. Eu sou osso duro de roer. E a Dilma e o Cunha sentiram isso. Eu ajudei a derrubar a Dilma, eu ajudei a derrubar o PT, eu faço parte. Eu não gosto de bandido e eu sinto o cheiro de bandido de longe. Para me atacar tem que ter a moral ilibada, se não você não pode me atacar, ou você não pode ser filiado ao partido A, B ou C que tenha práticas nebulosas, é isso o que eu defendo. Cem por cento dos nossos opositores estão nos atacando e eu não ataquei nenhum candidato e eu não vou fazer isso. Se eles esperam isso de mim, eu não vou fazer isso. Eu tenho uma assessoria jurídica que está entrando com ação na justiça federal.

MG: Contra o Vitor Cadilac?
Contra todos que me atacarem. Eles não podem se esquecer de que eu sou deputado federal e quem investiga fatos sobre mim é a polícia federal.

MG: Você realmente está processando vários jornais?
Estou. O jornal Opção. Eles recebem verbas do governo, o Goiás 24 horas também. Eu tenho umas dez ações contra o jornal Opção. Cada vez que eles me ofenderem eu vou entrar com uma ação criminal cível e indenizatória e agora eleitoral.

MG: E o que o senhor considera ofensa nesse caso? Essa matéria que cita seu comentário do Vitor Cadilac, por exemplo, teria alguma ofensa?
Seria uma ofensa você ser criada com danoninho?

MG: Como?
Eu xinguei ele? Eu disse a classe social dele. Em nenhum momento eu xinguei ele. Eu usei uma metáfora para dizer quem que ele é. Eu só usei uma metáfora para dar um destaque e o povo pegou o que eu falei.

MG: Seus adversários fazem diversas críticas e dizem que o senhor não tem capacidade de liderança, diálogo e estabilidade emocional para lidar com os problemas de uma capital de mais de um milhão de habitantes como Goiânia. O senhor acredita que tem esses requisitos?
Eu diria para você que essas experiências que os meus críticos têm eu não quero ter. Ou estão sendo investigados na Lava Jato, ou no mensalão ou com problemas na justiça. Essa experiência eu deixo para eles, essa experiência eu não quero ter. Eu quero manter minha postura sem experiência, sem vício político, sem ser da panela A ou B. Eu rompi com as panelas e com os coronéis de Goiás. Eu rompi com essa forma de administrar e isso eu mostrei na minha campanha. Esse é o Delegado Waldir. Eu estou sem estabilidade? As pessoas não me conhecem. Meus adversários me subestimam.

MG: O senhor reafirma várias vezes que é contra a corrupção, mas recentemente um vereador do seu partido se envolveu num acidente de trânsito que causou a morte de um jovem. A mãe da vítima até foi até a sua convenção ontem e subiu no palco…
Ela subiu no palco para me entregar um envelope e me dar um abraço. Dizer que confia em mim. Essa parte a imprensa não contou. Ela me entregou um envelope, uma carta, me deu um abraço e disse ‘Delegado Waldir eu amo o senhor, eu confio no senhor’.

MG: Mas ela também gritou pedindo justiça no caso da morte do filho dela…
Pediu. E eu defendo ela. Eu sou defensor da justiça e da legalidade. Esquece que fui delegado na trânsito? Você tem irmãos?

MG: Sim.
Se o seu irmão fizer alguma coisa de errado você vai ser responsável pelo ato dele? Não. Então se a gente não é responsável pelas pessoas mais próximas, vou ser responsável pelos atos do meu partido, pelos atos de vereadores A, B, C, D?

MG: Mas ele vai estar na sua chapa de vereadores…
Quem disse que ele vai estar? Temos que aguardar a conclusão, a formalização da chapa e tem que ver se ele vai ser candidato. Se ele for candidato, sou eu que tenho que dar uma resposta?

MG: A questão a Magda Mofatto, dos processos que ela está envolvida…
Eu não posso responder por A e por B. Cada um tem que responder pelos seus atos. Mas encontre no Delegado Waldir alguma coisa de errado que me impeça de ser prefeito de Goiânia de defender aquilo que eu defendo… Eu não fiquei ao lado do Dr. Zacarias o tempo todo? Fiquei e vou ficar! Cada um tem que assumir os seus erros. Quem tem que dizer se está certo ou errado é a justiça. Se A ou B no meu partido tem suas máculas, vai responder na justiça. E amanhã, se eu tiver problemas, eu vou responder, não é você. Todos devem ser tratados de forma igual perante a lei. Eu tinha que estar num partido. Qual o partido que não tem manhas? Se eu pudesse me candidatar sem filiar a um partido, se fosse permitido isso eleitoralmente. Mas não é permitido. Então a legislação ela te obriga a você fazer parte de algum [partido]. Nem sempre todo mundo faz a escolha que quer, mas o que é obrigado a fazer porque a lei impõe.