Mídia estrangeira repercute assassinato de japonesa em Abadiânia
Hitomi Akamatsu foi assassinada com um golpe na cabeça numa região de cachoeira de Abadiânia
Veículos de comunicação internacionais como o site Japan Today e o tradicional jornal norte-americano The Washington Post repercutiram o caso do assassinato da japonesa Hitomi Akamatsu, de 43 anos, ocorrido no município goiano de Abadiânia. Conforme apontado pelo laudo pericial, Hitomi morreu no dia 10 deste mês após levar um golpe na cabeça, fato que desmente a versão do suspeito do crime, Rafael Lima da Costa, que contou ter matado a mulher enforcada.
O The Washington Post repercutiu a informação sobre a verdadeira causa da morte de Hitomi e destacou o fato de que Akamatsu havia se mudado para a cidade de Abadiânia para buscar tratamento para seu câncer de pele, depois de sobreviver a um acidente nuclear no Japão.
“Ela permaneceu lá após a prisão do curandeiro espiritual conhecido como João de Deus, que atraiu pessoas de todo o mundo para sua pequena cidade a duas horas a oeste da capital do Brasil com a promessa de que poderia tratar de tudo, desde depressão ao câncer. No ano passado, ele foi considerado culpado de cometer vários estupros”, narra o jornal.
O Japan Today também deu destaque à causa da morte de Hitomi.
Relembre o caso
O corpo de Hitomi Akamatsu foi encontrado no dia 17, escondido entre pedras próximo à cachoeira. Ao ser preso, o suspeito Rafael Lima, de 18 anos, contou que havia matado a mulher por enforcamento, usando uma camiseta. No entanto, o laudo cadavérico constatou que a morte se deu por um golpe na cabeça.
De acordo com o delegado Albert Peixoto, que também cuidou do caso, Rafael chegou a cumprir medida socioeducativa pelo crime análogo a estupro. Conforme a Polícia Civil, o ato ocorreu em setembro de 2017. No entanto, de acordo com o delegado, Rafael ficou menos de um ano internado.
Em 2017, Rafael tinha 15 anos. Conforme apurado pelo Mais Goiás, ele teria abordado uma mulher e, armado com uma faca, a levou para uma mata, onde consumou o crime.
Há ainda a informação de que ele teria cometido um outro estupro, desta vez em 2018. No entanto, a informação não foi confirmada pelo delegado.