DEFESA

Militar preso nega saber de tentativa da irmã de levar itens eletrônicos em caixa de panetone

Rodrigo Bezerra está detido desde novembro, suspeito de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado

Major Rodrigo Bezerra Azevedo, militar preso em Goiás (Foto: Reprodução/Polícia Federal)
Major Rodrigo Bezerra Azevedo, militar preso em Goiás (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

A defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo afirmou nesta terça-feira (31) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não sabia da tentativa de sua irmã, Dhebora Bezerra de Azevedo, de levar equipamentos eletrônicos escondidos em uma caixa de panetone durante visita ao Comando Militar do Planalto, onde está preso. Os advogados solicitaram que o ministro Alexandre de Moraes reconsiderasse a decisão de suspender todas as visitas aos militares, restringindo a medida apenas à irmã.

É evidente que o custodiado Rodrigo Bezerra de Azevedo não teve qualquer participação, contribuição ou incentivo relacionados à conduta de sua irmã. Ademais, não há elementos que indiquem que os objetos em questão seriam destinados ao uso do custodiado ou que este tivesse ciência de tal ato”, declarou a defesa no pedido enviado ao STF.

A apreensão ocorreu no dia 28 de dezembro, quando Dhebora visitou o irmão com uma caixa de panetone lacrada. Durante a inspeção, o detector de metais foi acionado. Inicialmente, ela afirmou que o conteúdo era apenas um fone de ouvido, mas a abertura da embalagem revelou também um cabo USB e um cartão de memória, que foram apreendidos.

Após o incidente, o Comando Militar do Planalto suspendeu as visitas de Dhebora e comunicou o ocorrido ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão de todas as visitas ao tenente-coronel.

Prisão e investigações

Rodrigo Bezerra de Azevedo está preso desde novembro, acusado de envolvimento em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Alexandre de Moraes.

O militar, integrante das Forças Especiais do Exército, nega as acusações. Enquanto o caso segue em análise pelo STF, as visitas aos militares permanecem suspensas e o Comando Militar reforça os protocolos de segurança.