Mineiro curado de câncer com tratamento inédito morre depois de acidente em casa, em MG
Segundo amigos da família o missa de sétimo dia aconteceu na última terça-feira (17)
Conhecido depois de ter sido curado de um câncer terminal com um tratamento inédito na América Latina, Vamberto Luiz de Castro, de 64 anos, se acidentou em casa e faleceu. Ele sofreu um traumatismo craniano, no dia 11 de dezembro, em Belo Horizonte e não resistiu.
Os familiares não quiseram se manifestar sobre o assunto. Contudo, segundo amigos da família, a missa de sétimo dia aconteceu na última terça-feira (17). Já o enterro aconteceu no Cemitério Parque Renascer, em Contagem.
Vamberto estava em fase terminal de um linfoma nos ossos. Com menos de um ano de expectativa de vida, ele havia passado por quimioterapia e radioterapia. Mas não obteve sucesso com nenhuma das técnicas. No dia 9 de setembro, ele deu entrada no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto com o tumor espalhado pelos ossos. Apelando para última tentativa para salvá-lo, os médicos o incluíram no “protocolo de pesquisa”.
Ele foi submetido à recente técnica de CART-Cell, criada nos Estados Unidos, que ainda está em fase de pesquisas e é pouco acessível. Embora os tratamentos comerciais já tenham recebido a aprovação, pode custar mais de US$475 mil.
O tratamento de câncer para o mineiro
Os pesquisadores afirmam que ele respondeu bem ao tratamento e em poucos dias deixou de sentir fortes dores. Antes, ele tomava morfina diariamente. Além disso, ele voltou a andar depois de uma semana. A partir disso, Vamberto se tornou a primeira pessoa da América Latina a receber a terapia celular que vem revolucionando tratamentos de câncer nos Estados Unidas e também na Europa.
À época, um dos responsáveis pelo estudo em território brasileiro, Renato Luiz Cunha, disse que essa terapia genética modifica células de defesa para combaterem as que causam o câncer. “As células vão crescer no organismo do paciente e vão combater o tumor. E desenvolvemos uma tecnologia 100% brasileira, de um tratamento que nos EUA custa mais de R$ 1 milhão. Esperamos que ela possa ser, no futuro, acessível a todos os pacientes do SUS”, relatou Renato.
Em outubro deste ano ele recebeu alta depois de uma melhora no estado de saúde, que foi considerada cura da doença.
*Com informações dos sites G1 Minas Gerais e O Tempo