COVID-19

Ministro da Saúde lamenta 500 mil mortes e diz que vacinação é esperança

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse neste domingo (20) que o Programa Nacional de…

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse neste domingo (20) que o Programa Nacional de Imunização (PNI) é a esperança de por fim à pandemia de covid-19 no país. Em participação da vacinação em massa da ilha de Paquetá, bairro da capital Rio de Janeiro, o ministro disse que o PNI tem capacidade de vacinar até 2,4 milhões de brasileiros por dia

No evento, Queiroga lamentou profundamente todas as 500 mil vidas perdidas para a covid-19. “Não só os que morreram, mas os que ainda padecem dessa doença. É uma emergência de saúde pública internacional. Não é um problema exclusivo do Brasil e para enfrentá-lo a principal ferramenta é o Sistema Único de Saúde”.

O ministro disse ainda que o Ministério da Saúde adquiriu mais de 630 milhões de doses de vacinas e que, desse total, mais de 110 milhões de doses foram distribuídas. Segundo Queiroga, o Brasil se encontra entre os cinco países que mais distribuíram doses de vacinas para a sua população.

Queiroga e outras autoridades da área de saúde foram a Paquetá para o dia de imunização em massa dos moradores da ilha. A ação é uma parceria entre a Secretaria e Saúde do Município do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para estudo de Fase 4 da vacina AstraZeneca, quando o que está em análise é a efetividade das vacinas “no mundo real”, conceito que é diferente de eficácia, que é o percentual de proteção medido pelos testes clínicos, em um grupo controlado e em comparação a um placebo antes da aprovação da vacina pelas autoridades sanitárias. Todos os moradores da ilha devem ser vacinados, pelo menos com a primeira dose, ainda hoje.

Na quinta-feira (17), o trabalho começou a ser realizado com a coleta de amostras de sangue para testes sorológicos em moradores de Paquetá que se apresentaram como voluntários. Entre os objetivos, o estudo quer monitorar a “soroconversão”, isto é, quem era soronegativo (não tinha anticorpos) e passou a ser soropositivo (com anticorpos). A pesquisa será capaz de diferenciar quem passou a ter anticorpos por causa da vacina e quem os adquiriu devido a uma infecção, e isso ajudará a verificar, entre outros pontos, o nível de proteção coletiva que será alcançado. Segundo o secretário de Saúde do Município do Rio de Janeiro Daniel Soranz, 70% da população da lha participou do teste.

Fiocruz

A presidente da Fiocruz Nísia Trindade agradeceu a disponibilidade dos moradores da ilha em participar da pesquisa. Ela disse que “vacinar é sempre uma emoção, quando pensamos na importância das pesquisas que avaliam a vacina e o impacto na transmissão, como está sendo feito aqui em Paquetá”.