CIRO NOGUEIRA

Ministro de Bolsonaro apoia PEC da Transição para salário, auxílio e estabilidade “para o primeiro ano do governo”

"O posicionamento que defenderei no Progressistas é o de aprovar uma PEC, sim, mas para a transição, para garantir estabilidade para o primeiro ano do governo"

Ministro de Bolsonaro apoia PEC da Transição para salário e auxílio (Foto: Isac Nóbrega - PR)
Ministro da Casa Civil de Bolsonaro (PL), o presidente nacional do PP Ciro Nogueira diz, por nota, que apoia a proposta de emenda à Constituição (PEC) para a transição (que fura o teto de gastos), mas somente para garantir o Auxílio Brasil (futuro Bolsa Família) de R$ 600 e o reajuste do salário mínimo para 2023. Estas são as principais demandas do presidente eleito Lula (PT).

Ainda segundo ele, os demais temas deverão ser debatidos no Congresso. Apesar disso, ele afirma que “o posicionamento que defenderei no Progressistas é o de aprovar uma PEC, sim, mas para a transição, para garantir estabilidade para o primeiro ano do governo”.

E ainda: “O Congresso atual, que sai, não pode cassar a prerrogativa do novo, que chega legitimado pelo povo nas urnas e ainda nem assumiu. Não pode chancelar decisões dos próximos quatro anos no apagar das luzes. A vontade popular tem de ser respeitada.”

A PEC de Transição, como é chamada, deve passar inicialmente pelo Senado. No Casa Alta do Congresso, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e outros líderes pediram mais tempo para o tema. Pacheco, junto do presidente da Câmara Federal Arthur Lira (PP-AL), já sinalizou apoio à proposta. A PEC fura o teto de gastos em até R$ 175 bilhões.

Nota de Ciro Nogueira sobre a PEC da Transição:

“A PEC da Transição, como o próprio nome diz, é para a TRANSIÇÃO. Deve garantir somente os pontos comuns das duas candidaturas: 600 reais de auxílio e aumento real do salário mínimo em 2023.

TODOS os outros temas da agenda do novo governo merecem ser, primeiro, conhecidos, assim como sua política econômica. E, depois, discutidos com a legitimidade do novo Congresso.

Todos os parlamentares que compõem a base do atual governo e apoiam uma agenda econômica diametralmente oposta à que foi eleita e ainda é desconhecida nos detalhes têm o direito de se posicionar livremente.

O posicionamento que defenderei no Progressistas é o de aprovar uma PEC, sim, mas para a transição, para garantir estabilidade para o primeiro ano do governo.

O Congresso atual, que sai, não pode cassar a prerrogativa do novo, que chega legitimado pelo povo nas urnas e ainda nem assumiu. Não pode chancelar decisões dos próximos quatro anos no apagar das luzes. A vontade popular tem de ser respeitada.”