Ministro garante recursos para desabrigados de prédio que caiu em SP
O local que desabou era ocupado por cerca de 150 famílias de sem teto
O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, afirmou nesta quarta-feira (2) que o governo acompanhará a comissão externa criada pela prefeitura de São Paulo para avaliar as condições de habitabilidade de imóveis ocupados no município e levantar a demanda por ampliação de programas de aluguel social com apoio federal.
“Não faltarão recursos para cuidar das famílias que foram vítimas dessa calamidade”, afirmou durante evento em Brasília, ao se referir sobre o desabamento de um edifício de 20 andares, ocorrido ontem (1º), em São Paulo, após um incêndio de grandes proporções destruir toda a estrutura do edifício.
O local, próximo ao Largo Paissandu, centro da capital paulista, era ocupado por cerca de 150 famílias de sem teto. Até agora, nenhuma morte foi confirmada, mas quatro pessoas podem estar sob os escombros, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Outras 45 pessoas que constam no cadastro da prefeitura como moradores do prédio também não foram localizadas, mas não há informação de que estivessem no edifício no momento do incêndio.
MCMV Entidades
Baldy destacou que, na semana passada, já havia firmado uma parceria com a prefeitura de São Paulo para a construção de 2,7 mil unidades habitacionais pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) na cidade. O convênio, no valor total de R$ 370 milhões, conta com o apoio do governo estadual. Questionado sobre o fim da modalidade Minha Casa, Minha Vida – Entidades, que prevê investimentos em habitação popular a partir de acordos com movimentos que lutam por moradia, o ministro disse que a ação foi retomada. “O governo federal retomou as obras do MCMV – Entidades. Nós publicamos quase 31 mil [contratações de] moradias com as entidades. Não somente o programa foi retomado, como o número, nesses últimos quatro meses, é maior do que todo o ano de 2017”, afirmou.
Até o fim do ano, o Ministério das Cidades prevê a contratação de, pelo menos, 650 mil unidades habitacionais por meio do Minha Casa, Minha Vida. Para a faixa 1, em que a pessoa deve ter renda familiar máxima de R$ 1.800, o objetivo é assegurar 130 mil contratações. Para a faixa 1,5 (renda familiar até R$ 2.350), a meta é de 70 mil; para a faixa 2 (renda familiar até R$ 3.600), 400 mil unidades; e para a faixa 3 (renda familiar até R$ 6.500), 50 mil novas unidades. Os recursos destinados para essas ações são R$ 9,7 bilhões do Orçamento Geral da União e R$ 63 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
No município de São Paulo, a prefeitura projeta a entrega de 8 mil novas moradias em 2018. Segundo o secretário de Habitação do município, Fernando Chucre, há 370 mil famílias sem residência na capital paulista.