Rio de Janeiro

Missa na praia lembra 14 anos da morte de Guido Schäffer, surfista que pode se tornar primeiro santo carioca

Seminarista está em processo de beatificação pelo Vaticano; homenagem reuniu parentes, surfistas e fiéis no Recreio

O décimo quarto ano da morte Guido Schäffer, completados neste 1º de maio, é lembrado com uma missa e uma série de eventos no Posto 11, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste. O local era frequentado por Guido, que morreu em 2009, aos 34 anos. Médico, seminarista e surfista, ele está em processo de beatificação pelo Vaticano, passo inicial para se tornar o primeiro santo carioca. Guido já é servo de Deus. O passo seguinte é virar venerável, depois beato e, por fim, santo.

Dez pranchas de surfe foram fincadas nas laterais do palco, montado para a missa celebrada por dom Roberto Lopes, bispo da Causa dos Santos. Os fiéis, a maioria jovem, acompanharam a celebração sentados em cangas e cadeiras de praia.

De origem alemã, Guido estudou medicina e chegou a exercer a profissão por oito anos. Sua mãe, Maria Nazaré Schaffer, contou que o filho trabalhou na Santa Casa de Misericórdia e depois de se dedicar aos pobres, em atendimento nas ruas, resolveu que era o momento de atender ao chamado da fé e virar seminarista.

— Ele dizia que já estava cuidando dos corpos (como médico), mas também tinha vontade de tratar dia males da alma (como religioso) — disse sua mãe.

Ele morreu no último ano do seminário, não chegando a ser ordenado padre. O surgimento dos primeiros milagres atribuídos a Guido Schäffer deram origem ao processo de beatificação, pelo Vaticano.

Na cerimônia em memória da Guido, também foi feita a benção das pranchas dos surfistas presentes; e rezado o terço do servo de Deus. Para concluir a homenagem, surfistas foram para o mar.