posição

Mito ou verdade: beber em pé reduz a sensação de embriaguez?

Sentado num bar, em pé na mesa suspensa ou até dançando durante uma festa. Dependendo…

Sentado num bar, em pé na mesa suspensa ou até dançando durante uma festa. Dependendo do local e do evento, é possível ingerir bebidas alcoólicas com o corpo em diferentes posturas, mas isso provoca mudanças na forma como a substância é metabolizada e, consequentemente, na sensação de embriaguez.

É comum ouvir relatos de que ao passar muito tempo bebendo sentado, na hora de se levantar os efeitos do álcool são sentidos de forma mais intensa. O influenciador digital Pk chegou a brincar com a ideia em um dos vídeos publicados em seu TikTok, rede social em que reúne mais de 18 milhões de seguidores.

Na postagem, a pessoa acredita que a bebida está fraca, até se levantar e sentir os efeitos do álcool de uma só vez. Nos comentários da publicação, que já ultrapassa 4 milhões de curtidas, os usuários concordaram, com comentários como “é exatamente assim” e “achei que fosse só comigo”.

No entanto, a endocrinologista Andressa Heimbecher, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), explica que não existe uma diferença na metabolização do álcool dependendo da postura, mas que o fenômeno pode ser explicado por um outro mecanismo.

— Quando estamos sentados e nos levantamos muito rápido, a nossa pressão tende a cair um pouco, o que inclusive provoca aquela tontura. Mas, quando a pessoa está bebendo, essa mudança repentina na pressão pode potencializar o efeito do álcool. Então é a mesma lógica da causa da tontura — diz a especialista.

Um outro motivo para a mudança nos sentidos provocadas pela embriaguez é que, ao se estar sentado, o corpo está parado e, portanto, não precisa fazer um esforço para manter o equilíbrio ou perceber o espaço ao seu redor. Porém, ao se levantar, inconscientemente o cérebro passa a lidar com esses sentidos, então os efeitos que o álcool produz neles são mais sentidos.

+ Policial bêbado perde documentos de investigação com dados de 400 pessoas no Japão