INVESTIGAÇÃO

Modelo é suspeita de matar noivo em motel e roubar kombi escolar em Cocalzinho de Goiás

Uma mulher identificada como Marcella Ellen Paiva Martins, de 31 anos, foi presa suspeita de…

Uma mulher identificada como Marcella Ellen Paiva Martins, de 31 anos, foi presa suspeita de matar o próprio noivo dentro de um quarto de motel, na madrugada de quarta-feira (9), no Distrito Federal (DF). Ela foi presa horas depois seminua e após roubar uma kombi escolar na cidade de Cocalzinho de Goiás. Segundo a Polícia Civil, ela confessou o crime em depoimento e que antes havia discutido com o companheiro.

O delegado Rafhael Barboza informou ao Mais Goiás, que a mulher foi presa por homicídio e roubo depois de se entregar à polícia em um posto de gasolina, onde estava armada e seminua.

O Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa da suspeita. Espaço segue aberto para manifestações.

O auto de prisão em flagrante foi realizado pela Polícia Civil de Goiás, mas as investigações continuarão sendo realizadas pela Polícia Civil do Distrito Federal, local em que o homicídio ocorreu.

Fuga e roubo

Segundo a investigação, a detida morava com o noivo, identificado como Jordan Lombardi, em São Paulo. O casal estava hospedado em um hotel de Brasília (DF) há dois dias. Após a prática do crime de homicídio, ela empreendeu fuga com o veículo do noivo, em direção a cidade de Águas Lindas de Goiás.

O veículo utilizado foi um Audi Q7, ano 2021. No meio da fuga, o carro foi bloqueado pelo rastreador e ela abandonou o veículo na BR-070.

Carro de luxo que modelo usou para fugir após matar noivo (Foto: Polícia Militar)

Na posse da arma de fogo utilizada no homicídio, a mulher abordou o motorista da kombi escolar para continuar em fuga. “Ele parou seu veículo e prestou ajuda a mulher, sendo que em breve conversa esta informou que havia sido estuprada, e que queria apenas o veículo para sair do local. Logo em seguida a mulher pediu também seu aparelho celular, no modo desbloqueado, e caso não entregasse que então o mataria”, descreve trecho da ocorrência.

Em depoimento, o homem disse, que a suspeita não sabia ligar a kombi e por isso, o obrigou a empurrar o veículo. Como o motorista estava sozinho, aproveitou uma distração da mulher e fugiu pedindo socorro. A Polícia Militar foi acionada.

Nas proximidades da cidade de Edilândia, um distrito de Cocalzinho, ela foi presa no momento em que estava em um posto de gasolina.

Os militares encontraram com ela um revólver calibre 38, com balas deflagradas e intactas no tambor. Ela disse que usou a arma para atirar no noivo e ameaçar o dono da kombi para roubar o veículo.

Já dentro do veículo do noivo, os policiais acharam bebidas, caixas de cigarro e drogas, como cocaína. O carro foi levado à Central de Flagrantes de Águas Lindas.

Revólver apreendido com a suspeita (Foto: Polícia Militar)
Revólver apreendido com a suspeita (Foto: Polícia Militar)

Motivação do homicídio

Conforme a ocorrência, o crime foi praticado em decorrência de uma briga ocorrida entre o casal, os quais são usuários de cocaína. Na ocasião, a suspeita disparou um tiro em direção ao noivo, que não resistiu e morreu. Em depoimento ela confessou o crime.

Aos policiais, a motivação apresentada pela suspeita foi que o noivo, o qual possui uma filha de apenas quatro anos de idade, não quis denunciar à Polícia de São Paulo, um possível crime de estupro de vulnerável contra a criança, supostamente praticado pelo atual padrasto.

A mulher ainda alegou que se sentiu indignada pelo descaso do noivo em relação à própria filha. Relatou que não aceitou o fato de o noivo dizer que não gostava da filha e que não levaria o caso de estupro à polícia por medo de ser prejudicado em sua carreira profissional como empresário.

A suspeita informou ter praticado o crime sob efeito de alta quantidade de cocaína e afirmou estar arrependida dos fatos.