Monitoramento intensivo via câmeras eletrônicas reduz criminalidade em Goiânia
No total, 275 câmeras eletrônicas estão distribuídas em Goiânia, assegurando a cobertura de todas as regiões da capital e auxiliando no combate à criminalidade
De olho na tela, 24 horas. Essa é a rotina dos policiais militares que trabalham no Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle, baseado na sede da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), no Setor Aeroviário. No total, 275 câmeras eletrônicas estão distribuídas em Goiânia, assegurando a cobertura de todas as regiões da capital e auxiliando no combate à criminalidade.
Inicialmente implantado em 2005, o serviço foi ampliado em 2014 com a construção do centro, onde o trabalho é realizado de forma integrada com outras forças de segurança como bombeiros, policiais civis e agentes prisionais.
De acordo com o superintendente de Comando e Controle da PM, tenente-coronel Francisco Jubé, o videomonitoramento está presente nas áreas que apresentam altos índices de criminalidade. Os flagrantes são relacionados a diversos tipos de crimes como furtos e roubos a estabelecimentos comerciais, tráfico de drogas, acompanhamento de distúrbios civis, identificação de foragidos, carros roubados e clonados, apreensão de armas de fogo, entre outros.
Esses olhos eletrônicos são potentes, com amplitude de 360 graus, e amplo alcance – de até um quilômetro – podendo ser controlados pelos operadores, com visão ampliada. Assim que os policiais notam algo de errado, imediatamente acionam a viatura mais próxima, que se desloca para o local. A chegada leva, em média, de 5 a 8 minutos, tempo considerado razoável e que se assemelha ao do Corpo de Bombeiros, por exemplo, para o atendimento de vítimas. As imagens são acompanhadas em tempo real pelos controladores que repassam as informações para as equipes que estão na rua.
Segundo Jubé, a principal finalidade é inibir ou reduzir o índice de crimes, o que foi observado na Região de Campinas, onde houve queda de 25% a 28% nos registros de furtos e roubos a estabelecimentos comerciais. Só na Avenida Bernardo Sayão, considerado polo de confecção na capital, estão instaladas mais de dez câmeras.
“Mesmo ocorrendo o delito, os vestígios deixados são muito importantes para buscar a repressão através das imagens”, destaca. Esse trabalho também conta com a colaboração da comunidade, por meio de síndicos de condomínios, representantes de associações comerciais e conselhos comunitários de segurança, que expressam opiniões e orientam como o serviço de monitoramento pode ser aperfeiçoado, além de fornecer imagens de câmeras de segurança privadas que podem ser úteis para a polícia.
“Desta forma, criamos um cinturão de proteção e geramos a sensação de segurança para a sociedade”, afirma Jubé. Também fazem parte da estrutura 2.476 câmeras da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), que monitoram os terminais de ônibus, plataformas do Eixo Anhanguera e os ônibus do transporte coletivo.
As forças de segurança podem ser acionadas em tempo real para coibir crimes em todo o trajeto da malha viária. Está em fase de estudo a implantação de um software inteligente em algumas câmeras, o que possibilitará a identificação/ reconhecimento facial automático de foragidos da justiça e veículos furtados ou roubados – de acordo com as características . “Queremos aprimorar o serviço com o uso de mais tecnologia e assim garantir mais eficiência a nossa atividade”, finaliza.