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Moraes negou busca em gabinete de Brazão na Câmara após PGR ver risco de atrito

Procuradoria apontou potenciais riscos interinstitucionais; ministro do STF disse que não havia indícios de que deputado guardava provas em gabinete

Moraes negou busca em gabinete de Brazão na Câmara após PGR ver risco de atrito (Foto: Tânia Rêgo - Agência Brasil)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), seguiu parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República) e negou pedido da Polícia Federal para realizar busca e apreensão no gabinete de Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) na Câmara dos Deputados.

Na decisão, o ministro afirmou que não há “demonstração razoável” de que o deputado estaria guardando provas em seu gabinete sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

Ao receber o pedido de busca na Câmara, a PGR apontou risco de “atritos interinstitucionais”.

“Não constam dos autos informações de que haverá cooperação da Polícia Legislativa na execução da medida, o que pode gerar atritos interinstitucionais evitáveis”, afirmou a Procuradoria.

Moraes, porém, aceitou os demais pedidos da PF, inclusive a prisão Chiquinho Brazão, em operação que atingiu os supostos mandantes do assassinato.

O ministro ainda autorizou a prisão do conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão, que irmão de Chiquinho. Também foi preso neste domingo (24) o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio.