Morre policial baleado que ‘surtou’ no Farol da Barra, em Salvador (BA)
Policial chegou ao Farol da Barra por volta das 14h dirigindo um carro particular e rompeu as barreiras que isolavam a região
Um policial militar foi baleado no início da noite deste domingo (28) após ter passado cerca de quatro horas dando tiros para o alto e gritando palavras de ordem no Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador. Ele morreu no final da noite no Hospital Geral do Estado.
O policial chegou ao Farol da Barra por volta das 14h dirigindo um carro particular e rompeu as barreiras que isolavam a região. Em seguida, desceu do veículo e começou a disparar para o alto, provocando pânico entre moradores da região.
O policial estava fardado, armado com um fuzil e uma pistola e estava com com o rosto pintado de verde e amarelo. O governo baiano afirma que o soldado enfrenta um surto.
Em vídeos publicados por testemunhas nas redes sociais, o policial gritou palavras de protesto, falando em desonra e violação da dignidade dos policiais.
“Comunidade, venham testemunhar a honra ou a desonra do policial militar do estado da Bahia”, gritou o policial militar em um dos vídeos, logo após ter dado um tiro para o alto com uma pistola.
Em outro momento, ele grita: “Não vou deixar, não vou permitir que violem a dignidade e honra do trabalhador”. A região do Farol da Barra foi isolada.
Em nota, o governo da Bahia afirmou que o policial estava em situação de “surto psicológico”.
Por volta das 18h30, após cerca de quatro horas de negociação, o policial foi atingido por tiros. Ele foi socorrido por uma ambulância e levado para Hospital Geral do Estado, onde morreu horas depois.
Em nota, o governo da Bahia informou que o policial disparou com um fuzil contra guarnições do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), que revidou: “Após pelo menos 10 tiros, o soldado foi neutralizado”, diz a nota
Ainda segundo o governo baiano, o soldado “alternava momentos de lucidez com acessos de raiva, acompanhados de disparos”. E chegou a iniciar uma contagem regressiva antes de começar a atirar contra os colegas.
“O nossos objetivos primordiais são preservar vidas e aplicar a lei. Buscamos, utilizando técnicas internacionais de negociação, impedir um confronto, mas o militar atacou as nossas equipes. Além de colocar em risco os militares, estávamos em uma área residencial, expondo também os moradores”, afirmou o comandante do Bope, major Clédson Conceição.