Luto

Morre soldado baleado durante confusão por som alto em Itacaiú

Hélio Bezerra de Souza é a terceira vítima do confronto, onde morreram também o sargento que trabalhava com ele e o autor dos disparos

Baleado quando atendia uma ocorrência na noite do dia 8 de julho do ano passado no interior do Estado, o soldado da Polícia Militar de Goiás Hélio Bezerra de Souza, de 49 anos, morreu no início da manhã desta terça-feira (14) vítima de complicações em um hospital particular de Goiânia, onde estava internado há 29 dias. O soldado é a terceira vítima fatal da confusão, ocorrida em Itacaiú, distrito de Britânia, que fica distante 412 quilômetros da Capital.

Hélio e o sargento Uires Alves da Silva, de 45 anos, foram chamados para atender uma ocorrência de perturbação do sossego na quadra de esportes de Itacaiú, e lá chegando efetuaram a detenção do caseiro Bruno Vieira de Sousa, de 20 anos, que se negou a abaixar o som do veículo. Enquanto levavam o caseiro já algemado para a viatura, o pai dele, Ismael Pereira de Sousa, de 49 anos, arrancou a pistola do coldre do sargento Uires e efetuou vários disparos, matando o militar na hora.

Quando percebeu que o colega estava sendo alvejado, o soldado Hélio trocou tiros com Ismael e conseguiu atingi-lo fatalmente, mas também foi ferido com um disparo na barriga. Trazido para Goiânia, Hélio foi submetido a uma cirurgia, e desde então usava uma bolsa de colostomia. No início do mês passado, o soldado foi internado novamente a fim de realizar uma cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal.

Doze dias após esta cirurgia, segundo familiares, o estado de saúde de Hélio se agravou, e ele então foi encaminhado para a UTI. Às 6h30 da manhã desta terça-feira (14) o soldado não resistiu às complicações e morreu.

O corpo do militar será encaminhado na parte da tarde para a cidade de Britânia, onde será velado na Câmara Municipal. O sepultamento está previsto para acontecer na quarta-feira (15) pela manhã.

Segundo a esposa de Hélio, Roberta, a Polícia Militar tem dado todo apoio e suporte à família, que recebe, desde a internação do soldado, o acompanhamento de uma assistente social e de um psicólogo. Pivô da confusão, Bruno Vieira de Sousa chegou a ser preso no dia do fato, mas foi solto horas depois, e atualmente responde ao processo em liberdade.

Por nota, a PM manifestou pesar pela morte do soldado.