PULVERIZAÇÃO

Operação indicia fazendeiros pela morte de quase 9 milhões de abelhas em Goiás

Morte dos animais ocorreu em decorrência da má utilização do agrotóxico

A Polícia Civil indiciou três fazendeiros suspeitos de matar quase 9 milhões de abelhas nos municípios de Bela Vista e Silvânia. A Operação “Proteção das Abelhas” foi deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) na terça-feira (16).

De acordo com o delegado Luziano de Carvalho, a morte dos animais decorreu da má utilização do agrotóxico. Luziano também explicou que o uso inadequado do aditivo químico é um risco não só à agropecuária, mas ao meio ambiente, à economia e à saúde da população.

Luziano ainda chamou atenção ao fato de que as abelhas são responsáveis pela polinização em 70% nas culturas agrícolas, ou seja, os animais ampliam a produtividade no campo e melhoram a qualidade dos fluxos das sementes. “A principal chave para o sucesso dessa operação está na comunicação respeitosa entre o agricultor e o lavoureiro”

Segundo a investigação, os fatos apurados têm como causa o envenenamento após pulverização das lavouras. Os fazendeiros foram autuados com base no Artigo 56, que dispõe sobre a utilização de substâncias tóxicas e perigosas que entram em desacordo com as normas ambientais.

“Pulverizar não é crime, mas é preciso pulverizar com consciência”, destacou Luziano.

A pena para o crime é de até 4 anos de reclusão e, na esfera administrativa, a multa pode chegar a R$ 2 milhões. A identidade dos fazendeiros não foi divulgada e, por isso, não foi possível localizar a defesa deles.