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Motoboy é preso com armas que teriam sido usadas em 50 homicídios em Goiânia

Pistolas com kit rajada, escopeta, e fuzil, seriam de integrantes de uma facção criminosa que estão no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

O motoboy Aloísio José da Silva Pereira, de 57 anos, mais conhecido como “Luiz”,  foi preso esta semana. Na casa dele foram encontradas armas de uso restrito que teriam sido usadas em 5o assassinatos em Goiânia. Segundo a Polícia Civil (PC), ele era o responsável por guardar e alugar as armas que pertenciam a uma facção criminosa.

Foram apreendidos um fuzil calibre 5.56, uma espingarda calibre 12, quatro pistolas calibre nove milímetros, todas equipadas com kit rajada. Três carregadores de fuzil, cinco carregadores de pistolas, dois extensores de coronha, 212 munições, além de roupas escuras e toucas ninja. E encontrados R$ 19.100 em espécie na casa.

Segundo a polícia, as armas, avaliadas em R$ 200 mil, seriam de Maiko Jorge Rodrigues Machado, de 26 anos, que está preso desde julho na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia.

“O Maiko é um dos líderes, em Goiás, de uma célula de uma facção criminosa carioca, e ele é quem determinava para quem estas armas seriam alugadas, e também ordenava, de dentro da cadeia, a execução de rivais”, relatou a delegada Silvana Nunes, titular da  Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).

Segundo ela, já existe a comprovação de que Maiko foi quem ordenou, em 13 de outubro do ano passado, o assassinato de Gabriel Henrique de Oliveira Campos, de 20 anos, que foi morto com tiros de pistola, na Chácara do Governador, em Goiânia.

Um adolescente, de 15 anos, e Bruno Rodrigues Ferreira da Silva, de 27 anos, foram presos em novembro passado suspeitos de serem os executores da morte de Gabriel Henrique. Bruno está preso na Casa de Prisão Provisória (CPP), mas o adolescente foi liberado após 30 dias de internação.

A previsão da delegada é que a perícia das armas esclareça inúmeros assassinatos ocorridos em Goiânia. “Alguns dos homicídios já foram solucionados, e as investigações prosseguem de forma sigilosa, mas nós não temos nenhuma dúvida de que este armamento foi utilizado em dezenas de execuções em Goiânia”, concluiu.

Assim como Bruno Rodrigues e Maiko Jorge, Aloísio Pereira foi indiciado por organização criminosa, tráfico de armas, e homicídio.

 

(Foto: Assessoria de Comunicação PC)