Movimentos negros em Goiânia planejam ato por morte de João Alberto nesta segunda (23)
Uma série de coletivos e movimentos negros de Goiânia planeja, para à tarde desta segunda-feira…
Uma série de coletivos e movimentos negros de Goiânia planeja, para à tarde desta segunda-feira (23), um protesto contra o assassinato de João Alberto Freitas, morto por seguranças em um supermercado de Porto Alegre (RS), e contra o racismo presente na sociedade. O ato está previsto para ter início às 16h30, em frente ao Carrefour Sudoeste, na Avenida T-9, em Goiânia.
Em um comunicado, os organizadores convocaram a população de Goiânia para participar do protesto intitulado Ato Pelas Vidas Negras que, de acordo com os movimentos, “acontecerá em decorrência do crime de racismo e assassinato cometido contra João Alberto” e também em memória de outras vítimas “de racismo recreativo, institucional, estrutural e assassinato sofrido em nossa sociedade”.
Os organizadores destacam que, no Brasil, conforme o Atlas de Violência 2020, cerca de 75,7% dos homicídios são contra negros e que de 4. 519 mulheres mortas, 68% são negras. “Em Goiânia, o índice de injúria racial aumentou 20%“, argumentam.
O ato é organizado pelos seguintes coletivos e movimentos: Coletivo Rosa Parks; Grupo Pindoba; Pretas de Angola; Centro de Referência Negra; Coletivo Novembro Negro; Mães de Maio no Cerrado; Mães Pela Diversidade; Centro Popular da Mulher; Escola Ubuntu; Astral, Associação Coró de Pau; Rede Goiânia de mulheres negras; Associação Quilombo Kalunga e Movimento Negro Unificado de Goiás.
Morte de João Alberto gerou revolta
Imagens obtidas pela Folha de S.Paulo revelam que João Alberto, de 40 anos, foi asfixiado por quase quatro minutos após ser espancado por pelo menos dois minutos por seguranças do Carrefour em Porto Alegre na última quinta (19). O vídeo mostra, ainda, que Freitas agrediu um dos vigilantes.
Depois da morte de João Alberto, uma série de protestos começou em várias capitais do Brasil. Em São Paulo, a 17ª Marcha da Consciência Negra, realizada no dia 20, sexta-feira, terminou em quebra-quebra numa unidade do Carrefour da Rua Pamplona, no bairro Jardins, Zona Sul da capital.
Em Goiânia, no último sábado (21), grupo de manifestantes se reuniu em frente ao Carrefour da Avenida T-9, local onde está marcado o ato de amanhã.