Peculato

MP denuncia funcionárias fantasma da prefeitura de Firminópolis

Já neste ano, o valor pago à investigada passou a ser de R$ 3.603. Ela é suspeita de praticar peculato 14 vezes

Duas funcionárias fantasma da Prefeitura de Firminópolis, a 110 quilômetros de Goiânia, foram citadas em uma denúncia criminal do Ministério Público de Goiás (MPGO) por peculato (desvio de bem ou valor público por funcionário que tenha acesso a eles ) e uso de documento falso. Segundo o órgão, uma das investigadas está sendo acionada pela prática 14 vezes.

Segundo o promotor de Justiça Ricardo Lemos Guerra, Núbia Pires Costa foi contratada como chefe de gabinete do prefeito em maio de 2017 e recebia mensalmente o valor de R$ R$ 3,5 mil. Já neste ano, o valor pago à investigada passou a ser de R$ 3.603. Ela é suspeita de praticar peculato 14 vezes.

Conforme investigações do MPGO, quem exercia o cargo, na realidade, era o marido de Núbia Edilon Ribeiro, que foi afastado por decisão judicial, o que indica que sua mulher foi nomeada para que ele continuasse a receber o salário. O promotor ressaltou que o cargo não possui as atribuições legais para as quais foi criado.

De acordo com o MP, diligências à Prefeitura mostram que Núbia nunca foi vista no local. A outra denunciada é a ex-superintendente de Administração e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leidiane Costa de Menezes dos Anjos, investigada por peculato duas vezes e por uso de documento falso.

Conforme investigações, Leidiane é  mulher de Jair Miguel dos Anjos, que foi superintendente municipal de Saúde, até dezembro de 2017, tendo sido exonerado por ordem judicial. Como consta na denúncia, o próprio secretário da pasta informou que a investigada não compareceu ao local de trabalho nenhum dia.

Ainda segundo as investigações, Leidiane apresentou um atestado médico de 14 dias, a partir de 5 de abril, no Departamento de Recursos Humanos, por estar com dengue. O médico que forneceu o documento declarou ao MPGO que não chegou a examinar a mulher e fez o atestado a pedido de seu marido.

O Mais Goiás não conseguiu entrar em contato com as investigadas e nem com a Prefeitura de Firminópolis, onde as ligações não foram atendidas.