MP pede absolvição de jovem acusado de agredir pastora até a morte em Goiânia
Laudo diz que jovem foi considerado 'incapaz'
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a absolvição do jovem Matheus Macaubas Lima Santos, de 22 anos, acusado de matar a mãe do cantor Delino Marçal, em Goiânia. Odete Rosalina Machado, de 79 anos, foi agredida até a morte na igreja em que era pastora. O órgão levou em conta o laudo do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) que considerou o acusado “incapaz””.
Por meio de um Termo de Deliberação em Audiência de Instrução e Julgamento, do dia 1º de novembro, o MP pediu para “dispensar a oitiva de todas as vítimas e testemunhas arroladas na denúncia”, e que fosse acolhida a tese de “absolvição pela inimputabilidade do acusado, arguida pela Defesa em sua resposta à acusação”.
O juiz do caso, Antônio Fernandes de Oliveira, não viu “nenhum prejuízo à defesa” e acolheu o pedido do MP-GO de dispensar as vítimas e testemunhas, determinando a manifestação da mesma no prazo de cinco dias. Além disso, o magistrado determinou que a defesa seja intimada para se manifestar em cinco dias.
Ao Mais Goiás, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que, até a manhã desta quarta-feira (14), o processo ainda estava aguardando definição.
O laudo de insanidade mental feito pela Junta Médica do TJ-GO indicou que Matheus Macaubas era “plenamente incapaz de entender e de determinar-se” os fatos ao matar a pastora Odete Rosalina, mãe do cantor Delino Marçal. Além disso, o acusado foi diagnosticado com uma forma de esquizofrenia.
Relembre o crime
O crime aconteceu no dia 14 de janeiro deste ano. Odete Rosalina Machado da Costa, de 79 anos, foi morta ao ser agredida com um objeto de metal na porta da igreja Assembleia de Deus, no Residencial Kátia, onde era pastora, em Goiânia.
A Polícia Civil apurou que o suspeito invadiu o templo e começou uma briga com um homem. Depois, ele agrediu a idosa e fugiu.
O delegado André Veloso disse, quando o homicídio ocorreu, que o investigado teve um surto psicótico e tentou matar a própria esposa e a enteada horas antes de invadir a igreja.
A Polícia Civil concluiu o inquérito no dia 25 de janeiro e indiciou Matheus por homicídio doloso, lesão corporal e desacato. Ele foi preso em flagrante, poucas horas após o crime.