MPGO apura supostas irregularidades no concurso da PM
Há denúncias de uso de celular na sala de provas e recebimento de caderno de questões com modelos diferentes
A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria de Justiça de Goiânia, instaurou inquérito civil público para apurar supostas irregularidades na aplicação das provas do concurso para provimento de vagas dos cargos de soldado de 3ª classe e cadete da Polícia Militar de Goiás. Os exames foram aplicados no último dia 15 de janeiro em Goiânia e 16 cidades do interior do Estado.
Em representações feitas ao Ministério Público, candidatos apontaram que uma série de irregularidades teria ocorrido na realização dos exames. Entre os problemas relatados estariam, por exemplo, uso de celular na sala de provas, com postagem de fotos do caderno de questões e da cartão-resposta em redes sociais; envelope com as provas com lacre rompido; alternativas corretas sublinhadas em questões; recebimento de caderno de questões com dois modelos diferentes de prova (prova tipo A grampeada com prova tipo B), entre outros.
Diante disso, a promotora decidiu pela abertura da investigação e determinou que seja requisitado à Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio), que organiza o concurso, que se manifeste sobre as denúncias feitas pelos candidatos, informando se foram tomadas providências em relação a elas. Também determinou a requisição às Delegacias Regionais de Luziânia e Águas Lindas de Goiás informações sobre eventuais prisões, no dia 15, de candidatos do concurso da PM que estariam com o gabarito da prova e a redação pronta.