Mulher de Goiânia e fugitiva do 8/1 é presa ao entrar nos EUA
Rosana Maciel Gomes, de Goiânia, tentou entrar nos Estados Unidos em 21 de janeiro e foi presa

Uma mulher de Goiânia e, pelo menos, outras três fugitivas dos atos golpistas de 8/1 foram presas nos Estados Unidos após a posse do presidente Donald Trump. A informação foi divulgada pelo UOL nesta segunda-feira (17).
Conforme o veículo de comunicação, três delas foram presas no dia seguinte à posse, em janeiro. Conforme a Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA, as foragidas estão em solo americano e “aguardam a expulsão para seus países de origem”.
Entre as mulheres, três já foram condenadas por crimes no 8/1, como tentativa de golpe de estado, e uma ré está com mandados de prisão no Brasil. As condições em que elas foram presas não foram informadas “por questões de privacidade”.
Ainda sobre as mulheres, elas são militantes que deixaram o País no primeiro semestre de 2024 e se fixaram na Argentina. Após um pedido de extradição do Supremo Tribunal Federal (STF), elas fugiram rumo aos EUA na expectativa de conseguir refúgio político com o governo de Donald Trump, visto como aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O UOL informou a identidade das mulheres:
- Rosana Maciel Gomes, de Goiânia (GO); Michely Paiva Alves, de Limeira (SP), e Cristiane da Silva, de Balneário Camboriú (SC), tentaram entrar nos Estados Unidos em 21 de janeiro. Elas estão presas na detenção da ICE em El Paso, Texas;
- Raquel Souza Lopes, de Joinville (SC), tentou entrar no país em 12 de janeiro e está detida na ICE em Raymondville, Texas.
Pouco antes da prisão das três mulheres detidas em 21 de janeiro, durante a posse, Trump prometeu deportações em massa: “Toda entrada ilegal será imediatamente interrompida e começaremos o processo de devolver milhões e milhões de criminosos estrangeiros aos lugares de onde vieram.”
Rosana Maciel Gomes
O STF condenou Rosana a 14 anos de prisão por cinco crimes no 8/1. Ela tem dois mandados de prisão em aberto, além de uma ordem de extradição na Argentina. Ela deixou o Brasil em janeiro do ano passado rumo ao Uruguai, mas, em abril, estava em Buenos Aires. No mês de novembro, ela foi para os EUA com um grupo, passando por Peru, Colômbia e México.
Presa em 21 de janeiro de 2025, ela foi transferida seis dias depois para a detenção da ICE na mesma cidade. A defesa não comentou sobre a situação no exterior da goiana. Contudo, ao STF, disse que, “quando [Rosana] entrou no Palácio do Planalto, viu que os bens públicos estavam danificados e não danificou qualquer bem, tanto que ficou em estado de choque de ver uma situação daquela”.
Conforme o portal, amigos da mulher buscaram ajuda do consulado brasileiro em Houston, no Texas.